Morto à pancada em rixa no trânsito
Homem de 68 anos foi agredido e morreu após 12 dias em coma. Ministério Público arquivou o caso, mas familiares vão requerer a abertura da instrução.
A família de Joaquim Cerqueira de Barros, que morreu na sequência de agressões sofridas após uma rixa de trânsito em Ponte da Barca, não se conforma com o arquivamento do processo, determinado pelo Ministério Público (MP), e vai requerer a abertura da instrução.
Os factos remontam a 15 de setembro de 2011, quando, na estrada que liga a Barca ao Lindoso e na sequência de uma ultrapassagem, Joaquim, de 68 anos e que se fazia acompanhar pela mulher, embateu com o carro que conduzia num outro em que seguiam dois homens, pai e filho, de 51 e 22 anos.
Quando pararam, junto à barragem de Touvedo, os três homens envolveram-se numa azeda troca de palavras, seguida de agressões físicas. Joaquim Barros acabou por cair, bateu com a cabeça numa pedra e ficou inanimado. A mulher pediu socorro, o homem foi levado para o Hospital de Ponte de Lima e de seguida transferido para o S. João, no Porto, onde faleceu, no dia 27, após 12 dias em coma.
A mulher, Maria Araújo, disse à GNR que o marido tinha sido agredido pelos dois homens, mas pai e filho declararam que Joaquim é que os tinha agredido e que eles apenas se defenderam. O MP arquivou o caso.
"Eles fartaram-se de lhe dar porrada e o relatório da autópsia mostra sinais das agressões", disse Maria Araújo ao CM, revoltada com o arquivamento. Também a filha, Elizabete Barros, diz não compreender a decisão do MP e assegura que "a família não vai descansar enquanto não for feita justiça".
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