Mulher condenada a quatro anos de cadeia por enganar idoso
Condenação de Angelina Fonseca tinha ficado suspensa, mas Relação tornou-a efetiva.
O facto de existir sério risco de que Angelina Fonseca possa voltar a burlar idosos foi determinante para o Tribunal da Relação do Porto decidir que a mulher, de 38 anos, deve cumprir pena de prisão efetiva.
A arguida tinha sido condenada, em abril de 2018, a três anos, em pena suspensa, por desviar 128 mil euros de um homem que conheceu num lar, no Porto. Os juízes desembargadores decidiram não só aumentar a pena para quatro anos, como a tornaram efetiva.
"A suspensão da pena não previne a possibilidade de cometimento de novos factos, nem desencoraja a prática de crimes desta natureza, podendo mesmo levar ao sentimento de que este tipo de ato será compensatório", consideram os magistrados, dando conta de que a arguida até continua a trabalhar com idosos.
Angelina, que esteve sempre em liberdade, conheceu o homem - que morreu em 2015, com 85 anos - num lar no Porto e cuidou dele naquele local entre 2006 e 2009.
A partir desse ano e até 2014, a arguida passou a tratar do idoso em casa deste, em Gondomar. Angelina escreveu-lhe cartas de amor e deu-lhe uma fotografia sua em biquíni.
Conseguiu que a vítima transferisse 100 mil euros para a sua conta e apoderou-se de mais 28 mil euros em dinheiro e joias.
"Manipulou o ofendido para se apoderar de bens materiais, fazendo-lhe crer que era alvo do seu amor, não se comovendo ou apiedando perante a hipótese de o mesmo passar dificuldades", diz a Relação.
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