Mulher espancada após beijo

Terá sido por causa de um beijo de despedida que deu na boca de uma amiga que Sara Salvador, de 28 anos, diz ter sido agredida por um taxista, na manhã do dia 8 de dezembro, na praça da República, no Porto.

A vítima sofreu vários hematomas por todo o corpo e teve de ser transportada para o Hospital de Santo António. Apresentou queixa na PSP.

"Fui espancada por causa de um beijo. A minha amiga acompanhou-me até ao táxi e deu-me um ‘bate-chapas’ de pura amizade", começa por contar ao CM a jovem, que trabalha como gerente de um bar. Já no interior da viatura, Sara terá pedido ao taxista para a levar a Vila Nova de Gaia. "Disse-lhe que era para seguir pela ponte do Infante e que depois lhe explicava o caminho porque não sabia a morada, mas ele, em vez de arrancar, pediu para eu sair do carro", acrescenta a mulher.

O terror começou pouco depois. "Estava a abrir a porta e ele dá-me logo um soco. Ainda tentei ir à frente da viatura tirar a matrícula, mas fui espancada e arrastada, em círculos, até ao outro lado da rua. Foram muitos socos e pontapés", frisa a vítima, afirmando que o taxista não proferiu nenhuma palavra. "Eu disse-lhe que estava em paz e ele riu-se na minha cara. Eu estava no chão e ele só se ria", refere Sara, que vive agora em pânico. "Não sei com quem estou a lidar e por isso é normal que tenha medo", conclui.

Na praça da República, os taxistas dizem-se chocados com tais acusações. "A história está muito mal contada. Nós temos de lidar com todo o tipo de pessoas. Eu já vi homens e mulheres aos beijos no meu carro, nunca lhes fiz nada. Desde que me paguem é o que me importa. Mas nada justifica o que esse nosso colega fez. É injustificável. Foi violência gratuita", disse ao CM um taxista.