Narciso Miranda adia explicações
Antigo autarca acusado de desvio de dinheiro enquanto presidia associação e ainda de simular o furto de um iPhone.
Narciso Miranda, acusado de simulação de um furto, peculato, abuso de confiança e participação económica em negócio, manteve-se em silêncio na primeira sessão de julgamento, ontem, no Tribunal de Matosinhos, mas garante que mais tarde vai prestar declarações. Todos os crimes são referentes ao período em que o ex-autarca presidia ao Conselho de Administração da Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede de Infesta (ASMSMI).
O antigo presidente da câmara terá desviado 63 mil euros e até simulado o furto de um iPhone 3, que pertencia à associação, para receber um modelo mais recente. Quando se demitiu do cargo, entregou o telemóvel. Sobre este caso, nenhuma das quatro testemunhas ouvidas ontem sabe precisar o que aconteceu. Apenas dizem que o telemóvel foi usado no dia em que supostamente foi roubado e suspeitaram da ligação entre Narciso e uma empresa contratada pela ASMSMI – e que pertencia à filha do ex-autarca, também arguida no processo.
Adriana Miranda quis falar perante o coletivo de juízes, mas só disse que não sabia nada sobre os factos que lhe são imputados . A empresa de que fazia parte foi contratada para prestar serviços que foram pagos mas nunca realizados na ASMSMI.
Já Paulo Ferreira, terceiro arguido, confessou integralmente a acusação. Diz ter falsificado requisições para exames que, afinal, nunca foram feitos na associação, de forma a obter as comparticipações pagas pelo Estado. Sobre os restantes arguidos, disse não querer falar.
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