Narcosubmarino navegava há 15 dias com 1,7 toneladas de cocaína

Embarcação, frágil e feita de fibra de vidro, apanhada na mesma zona (sudoeste dos Açores), onde em março se apreendeu outra semelhante.

05 de novembro de 2025 às 01:30
Não foi possível rebocar o narcosubmarino para terra, já que o mesmo afundou-se Foto: Polícia Judiciária
Partilhar

O narcosubmarino apanhado, na semana passada, numa operação conjunta da Polícia Judiciária (PJ), Marinha e Força Aérea, era de fibra de vidro e tinha grande fragilidade. A própria PJ explicou que os quatro homens a bordo (2 equatorianos, 1 venezuelano e 1 colombiano, entre os 40 e os 65 anos) estavam "exaustos devido às precárias condições da embarcação". O CM apurou que a mesma tinha partido da Venezuela, e navegava há cerca de 15 dias com 1,7 toneladas de cocaína a bordo.

Estava, apurou o nosso jornal, a cerca de mil quilómetros a sudoeste de Ponta Delgada, Açores. Foi nesta zona que, em março deste ano, foi apanhado um narcosubmarino de maiores dimensões, onde a PJ deteve cinco homens, e apreendeu 6,5 toneladas de cocaína. "Esta tendência marca uma nova prática das organizações de tráfico. Usar a tecnologia de que dispõem para construir narcosubmarinos, colocá-los a navegar no oceano Atlântico, até encontrarem uma lancha de alta velocidade que sai da Península Ibérica, para recolher a droga", disse Vítor Ananias, coordenador da unidade de combate ao tráfico da PJ. A lancha apreendida afundou no Atlântico quando era rebocada para um porto.

Pub

Os quatro detidos da operação ficaram em prisão preventiva, aplicada por um tribunal de Ponta Delgada. 

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar