Nevoeiro cega e provoca pânico na A6

Condutor português ficou preso e temeu pela vida em acidente que fez 17 feridos. GNR investiga as causas do acidente.

01 de março de 2019 às 01:30
Acidente com camiões no Caia faz vários feridos Foto: Rui Minderico
Acidente com camiões no Caia faz vários feridos Foto: Rui Minderico
Colisão na A6 em Elvas Foto: Direitos Reservados
A6, Montemor-o-Novo, Évora Foto: CMTV
Camião arde na A6 em Évora e condiciona o trânsito Foto: CMTV
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O meu maior medo era que isto começasse a arder e eu dentro do camião com uma perna presa, sem conseguir sair". João Seabra, de 56 anos, viveu esta quinta-feira momentos de verdadeiro pânico quando regressava a Portugal, vindo de Sevilha, com o camião carregado de detergentes.

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Eram 07h54. Uma cortina de nevoeiro assustou um motorista espanhol que seguia na A6, ao km 156, na zona de Elvas. O condutor abrandou e o choque em cadeia aconteceu, no sentido fronteira do Caia-Elvas. Cinco veículos pesados e seis carros bateram. Dezassete pessoas ficaram feridas sem gravidade, 16 das quais são espanholas, com idades entre os 24 e os 56 anos.

João Seabra é o camionista português que ficou preso no interior de um pesado. Tem ferimentos ligeiros numa perna e na mão esquerda. Já anda na estrada há 32 anos e ontem apanhou o susto de uma vida. "Não sei o que aconteceu, sei que entrámos num saco de fumo e nevoeiro.

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Vivi momentos de muito pânico. É um grande prejuízo, mas interessa é estar cá." João Seabra tenta explicar o acidente e tem dúvidas de que tenha sido apenas o nevoeiro a provocar o manto branco que tapou a visibilidade na A6: "Tenho muita experiência em conduzir camiões e tenho passado por muito nevoeiro, e nunca me aconteceu uma coisa destas."

A GNR assegura que as causas do acidente estão por apurar, mas o comandante dos Bombeiros de Elvas, Tiago Bugio, admite que tenha sido a fraca visibilidade devido ao nevoeiro. Tiago Bugio explica depois as prioridades dos bombeiros à chegada ao local: "Houve duas preocupações, a primeira fazer uma triagem correta das vítimas e a segunda identificar quais a matérias que os veículos pesados transportavam, isto porque o principal eixo rodoviário para o transporte de matérias perigosas é a A6, e se houvesse um derrame teríamos de atuar em conformidade".

As duas faixas da autoestrada estiveram cortadas até às 17h05, altura em que reabriu uma das vias.

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Sofre doença e morre na ponte

Um homem de 55 anos morreu, esta quinta-feira de manhã, após ter sofrido uma indisposição enquanto conduzia um carro, à entrada da ponte da Arrábida, sentido Vila Nova de Gaia-Porto. Despistou-se, embateu num camião e num carro, de matrícula espanhola, cuja condutora ficou em estado de choque ao aperceber-se da morte do homem e teve de ser assistida no local.

Os Bombeiros de Coimbrões estiveram no local e, quando chegaram, o homem estava em paragem cardiorrespiratória. Acabaria por perder a vida em pleno tabuleiro da travessia sobre o rio Douro.

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O alerta para o acidente foi dado às 10h34. A circulação automóvel esteve condicionada, na via direita, até às 12h00, provocando longas filas de trânsito. A Brigada de Trânsito da GNR, que tem um posto a poucos metros, junto à ponte da Arrábida, no lado do Porto, esteve no local e investiga o acidente. J.E.C.

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