Nova intrusão na cadeia de Alcoentre. Suspeito deixa 29 telemóveis e uma corda

Um homem conseguiu introduzir-se no perímetro da cadeia de Alcoentre na madrugada desta segunda-feira. Deixou 29 telemóveis, 28 carregadores, 31 cabos USB, 10 vaporizadores para cigarros eletrónicos e três auscultadores com carregadores incorporados, segundo a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP). Outras fontes adiantam ao CM que no saco deixado pelo suspeito estava ainda uma corda e bebidas alcoólicas.

Segundo a DGRSP, "cerca das 04h40 horas desta madrugada, foi detetado pelo elemento da vigilância em serviço no sistema de CCTV do Estabelecimento Prisional de Alcoentre que um intruso se encontrava na zona periférica do estabelecimento". "Pese embora a intrusão tenha sido detetada no momento em que estava a ter lugar, o intruso conseguiu escapar, tendo sido apreendido um saco de plástico", no qual estavam os objetos destinados aos reclusos.

Outras fontes dos Serviços Prisionais garantem que os guardas tiveram de efetuar disparos para travar a invasão depois de o intruso ter sido detetado junto à janela de uma camarata.

Episódios semelhantes ocorreram em julho e em setembro na mesma cadeia do concelho da Azambuja.

Questionado pelo CM, o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional também confirmou a ocorrência, apontando que "o estabelecimento prisional de Alcoentre sofre atualmente de uma elevada falta de efetivo, que leva à sobrecarga do pessoal do Corpo da Guarda Prisional, que se vê privado do gozo de tempos de descanso compensatório por trabalho extraordinário realizado".

"Infelizmente é um problema de gestão prisional, o diretor demonstra que não deve ser mantido no cargo! Em menos de um ano é a terceira vez, demonstra que não percebe nada de segurança prisional. Pedimos urgência na solução e a intervenção da ministra da Justiça, antes que em vez de telemóveis seja uma arma", aponta Frederico Morais.