"O Ministério Público faz de Paulo Malafaia o diabo em pessoa": defesa do promotor pede absolvição de todos os crimes
Malafaia é um dos 16 arguidos da operação Babel, mas o seu advogado garante que este nunca cometeu qualquer crime.
A defesa de Paulo Malafaia pediu esta terça-feira, nas alegações finais, a absolvição do promotor imobiliário. Malafaia é um dos 16 arguidos da operação Babel, mas o seu advogado garante que este nunca cometeu qualquer crime.Malafaia é um dos 16 arguidos da operação Babel, mas o seu advogado garante que este nunca cometeu qualquer crime.
“O Ministério Público é absolutamente obcecado por Paulo Malafaia, passou o julgamento a falar dele, quando as testemunhas pouco o mencionaram e quando dele falaram foi para contrariar a acusação (…) O MP faz de Malafaia o diabo em pessoa”, alegou o advogado Pedro Alhinho.
Paulo Malafaia é suspeito de ter estado envolvido num pacto corruptivo, que tinha como figura central Patrocínio Azevedo, então vice-presidente da Câmara de Gaia. A defesa de Malafaia sustentou em tribunal que, ao contrário do que diz a acusação, o promotor nunca entregou 100 mil euros ao advogado João Lopes. O dinheiro seria, segundo o MP, para Patrocínio.
“Nunca existiu qualquer entrega de 100 mil euros. O MP não se desvia um milímetro do guião elaborado, mesmo quando a prova mostra o contrário (…) Do ponto de vista criminal a acusação tem uma mão cheia de nada, os factos, e outra mão cheia de coisa nenhuma, a prova”, disse Pedro Alhinho.
O advogado lançou ainda duras críticas ao Ministério Público, tendo feito alusão à fábula da rã e do boi. “Na fábula, a rã começa a insuflar para ficar do tamanho do boi. Aqui também o MP insuflou, insuflou e explodiu em julgamento”, acrescentou a defesa.
A investigação iniciou-se em 2019 e levou a uma operação já em maio de 2023. Em causa estão vários projetos imobiliários. O Ministério Público sustenta que Patrocínio recebeu 125 mil euros e ainda quatro relógios de luxo para favorecer o grupo Fortera.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt