Oficiais afirmam que elementos da PSP perdem dinheiro face aos da PJ
Entradas e saídas com saldo negativo e fecho de esquadras em Lisboa e no Porto.
O Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia (SNOP) afirma, num memorando com propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2024 - que o ministro apresenta esta terça-feira no Parlamento -, que os elementos da PSP perdem dinheiro face aos da PJ nos suplementos remuneratórios. Lamentam que, oito anos após a aprovação do Estatuto, ainda não estejam regulamentados, aplicando-se o decidido em 2009, enquanto a PJ atualizou já este ano.
O SNOP faz as contas e afirma que um inspetor da PJ, por um piquete ao sábado, recebia 86,68 euros e passou para os 156,58 euros (mais 80%). Já na PSP, está limitado ao máximo de 154,99 euros, quando deveria ser de 187,54 euros para agentes, 200,61 euros para chefes e 212,16 euros para oficiais.
No suplemento de turno, lamentam que na PSP seja valor fixo (e não percentual) e sem atualização desde 2010. Com uma percentagem de 25% do base, um agente receberia mais 72,20 euros/mês, um chefe perde 180,69 euros e um oficial 223,23 euros, diz o SNOP.
Os oficiais assinalam o envelhecimento da PSP e alertam que, alcançando-se este ano o número de saídas de 2022, o saldo acumulado de quatro anos será negativo em 180 polícias (mais saídas, apesar de condicionadas, que entradas), uma vez que estavam anunciadas 5 mil entradas e só foram concretizadas 2804. Defendem o fecho de esquadras em Lisboa e Porto.
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