Operação Babel: procuradores defendem que 'vice' tinha pacto corruptivo
Ministério Público não tem dúvidas de que existiram subornos que Patrocínio Azevedo serviu o "interesse" de privados.
Os procuradores consideram que existiu "um pacto corruptivo" e que Patrocínio Azevedo, então vice-presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, colocou as suas funções ao "interesse de particulares". Consideram que a acusação ficou provada e que a atuação do antigo 'vice' e de outros arguidos - como Paulo Malafaia, Elad Dror e João Lopes - mostra que existiram subornos. Os magistrados deixaram assim já antever, esta quinta-feira no início das alegações finais, que vão pedir a condenação dos arguidos. "Está evidenciada uma cultura de corrupção, que é grave, na conduta dos arguidos, que lesa bens jurídicos de forma intensa, e que demonstra impunidade", afirmou a procuradora.
O Ministério Público diz que Patrocínio recebeu 125 mil euros e ainda quatro relógios de luxo para beneficiar o grupo Fortera, de Elad Dror. Os factos ocorreram entre 2019 e 2021.
Em causa neste processo da operação Babel - que foi desencadeada em maio de 2023 - estão favorecimentos ao grupo Fortera em projetos imobiliários como é o caso do 'Riverside' e do 'Skyline', que estava previsto ser o prédio mais alto do País. O ex-vice de Gaia e Malafaia estiveram 23 meses em prisão preventiva.
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