Padrasto de Joana Cipriano pede às autoridades que investiguem ligação do suspeito de raptar Maddie ao desaparecimento da enteada
"O corpo dela nunca foi encontrado", disse Leandro Silva em entrevista.
O padrastro de Joana Cipriano pediu que a Polícia Judiciária portuguesa e as autoridades alemãs investiguem o suspeito de raptar Maddie relativamente ao seu envolvimento no rapto e assassinato da enteada.
Recorde-se que Joana desapareceu quando tinha oito anos, a 12 de setembro de 2004, na Figueira, a 8 quilómetros do apartamento da Praia da Luz, no Algarve, onde Maddie desapareceu, em 2007, a poucos dias de fazer quatro anos.
Na altura, a mãe e tio da menina, Leonor e João Cipriano, foram condenados pelo homicídio da criança, apesar do corpo nunca ter sido encontrado. No entanto, e apesar de serem condenados, ambos insistem que estão inocentes. Segundo avança o Mirror, o padrasto de Joana, Leandro Silva, de 54 anos, veio agora apelar às autoridades portuguesas e alemãs para que investiguem a possível ligação entre Christian Brueckner (o principal suspeito do rapto de Maddie) e o desaparecimento da menina.
"Quando vi que era suspeito de ter raptado a Maddie, pensei logo na Joana e que ele podia estar envolvido. O desaparecimento da minha enteada é um caso que não foi resolvido, independentemente do que dizem as autoridades", disse Leandro em entrevista ao jornal britânico.O padrasto de Joana reforçou também que o corpo da criança nunca foi encontrado: "O corpo dela nunca foi encontrado e eu sei que a Leonor nunca seria capaz de fazer mal à Joana, era uma boa mãe. (....) Acho que as autoridades geriram mal a investigação e por isso queria que fosse reaberta por forma a confirmar se o alemão está envolvido".
"Para mim, há muitas semelhanças em ambos os desaparecimentos. Eu sonho em saber o que aconteceu com a Joana, assim como sei que os McCann precisam de saber o que aconteceu a Madeleine, mesmo que isso signifique descobrir que elas estão mortas (...) Quero que seja feita justiça e sinto que ainda faltam algumas respostas.
Recorde-se que a investigação do desaparecimento de Joana foi levada a cabo por Gonçalo Amaral, o mesmo detetive que investigou o rapto de Maddie. Mãe e tio de Joana mataram alegadamente a menina por esta os ter encontrado a manter relações sexuais. Na altura, Leonor Cipriano acabou por confessar o crime mas, em 2019, altura em que saiu da cadeia, a mãe da menina disse ter sido pressionada pela Polícia Judiciária, insistindo que era inocente: "Entrei nesta cadeia sem fazer mal à minha filha".João, o tio da menina, confessou ter cortado Joana aos pedaços e lançando aos porcos.
Leonor confessou à polícia o assassinato da menina, mas atualmente insiste que sempre foi inocente. João confessou cortar o corpo de Joana em pedaços e lançá-los aos porcos. O tio da menina, agora também em liberdade, alega ter sido 'forçado' a confessar o crime.
Christian Brueckner: Suspeito de estar envolvido no desaparecimento de várias crianças
Recorde-se que as autoridades europeias acreditam no envolvimento de Christian Brueckner no desaparecimento de várias crianças, entre elas Réne Hasse, de seis anos, em 1996 e Inga, de cinco anos, em 2015. Também o pai de uma jovem que desapareceu há quase 20 anos na Alemanha, veio agora pedir à polícia que invetsigue o suspeito do rapto de Maddie.
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