Paga pensão do filho com dinheiro do crime
Em sete meses, Pietro Riccio roubou 92 mil euros de 12 bancos.
Encapuzado com uma peruca loira aos caracóis, Pietro Riccio, 36 anos, fez 12 assaltos a bancos na zona Norte em apenas sete meses. No total, o italiano, que atuou com um comparsa da mesma nacionalidade, usando uma pistola de plástico, lucrou mais de 92 mil euros com os ataques.
As quantias roubadas serviram para o arguido pagar multas, dívidas ao Estado e até para regularizar a pensão de alimentos do filho – de cerca de mil euros por mês. Os dois arguidos começam hoje a ser julgados no Tribunal de Matosinhos.
Pietro, que confessou os crimes em primeiro interrogatório, e Mário Stancampiano, de 55 anos, atuaram sempre sem qualquer violência. O primeiro ataque dos dois homens, que estão em preventiva na cadeia de Custoias, em Matosinhos, foi ao BPI de Darque, em Viana do Castelo, na tarde de 24 de fevereiro do ano passado.
Seguiram-se onze assaltos à Caixa Geral de Depósitos (CGD) – o último em Abraveses, Viseu, a 8 de setembro. Foi após este roubo que a dupla foi apanhada pela Polícia Judiciária do Porto.
O roubo que rendeu menos dinheiro foi à CGD de Marinhas, em Esposende, a 19 de março: 145 euros. O de maior valor ocorreu uma semana antes em Rio Meão, Santa Maria da Feira: 17 mil euros.
Enquanto Pietro entrava nas dependências de rosto tapado e óculos de sol, o outro arguido ficava à porta com a arma falsa. Depois fugiam sempre nos próprios carros. Pietro entrou no mundo do crime em 2015, altura em que o negócio das pizzarias entrou em ruína. O homem vive em Portugal desde 2009.
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