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Usam pistola de plástico para assaltar 12 bancos

Dono de pizzarias usou dinheiro para impostos. Veja o gráfico.

18 de maio de 2016 às 12:13

O negócio corria mal, viu-se obrigado a penhorar a casa e o dinheiro já nem dava para pagar as atividades extra curriculares dos filhos. Pietro Riccio, empresário italiano de 36 anos residente em Lourosa, era dono de várias pizzarias em Sta Maria da Feira e no Vale do Sousa.

Perante as dívidas que não podia pagar, decidiu que a solução para os seus problemas financeiros estava no crime. Com a ajuda do compatriota Mário Stancampiano, de 55 anos, serralheiro em Vila Nova de Cerveira, iniciou uma vaga de assaltos.

Os dois começam a ser julgado esta quinta-feira no Tribunal de Matosinhos, depois de terem sido detidos em Setembro, pouco depois de assaltarem um banco em Abravezes, Viseu. Conforme o CM contou na altura, em seis meses, os dois homens assaltaram pelo menos 12 bancos, a maioria dependências da Caixa Geral de Depósitos. Atacavam logo ao início da manhã e sob ameaça de arma de fogo falsa exigiam todo o dinheiro. Foram apanhados pela PJ do Porto após mais um assalto em Abraveses, Viseu. Tinham sete mil euros roubados, luvas, bonés e armas de fogo.

A dupla é natural de Palermo, na ilha da Sicília, Itália, e tem um longo cadastro. Pietro tinha casa em Lourosa, Santa Maria da Feira, Viana do Castelo e Ourense. Os dois ladrões deixavam sempre um BMW - pertencente a Pietro - num ponto estratégico, afastado do local dos crimes. Depois furtavam um outro carro para se dirigirem ao banco. No regresso abandonavam a viatura e levavam novamente o BMW.

O modus operandi era sempre o mesmo. Pietro entrava nos bancos com a arma falsa e uma cabeleira loura. Com um cachecol a tapar-lhe a boca, ameaçava funcionários e clientes Mário usava apenas um gorro a cobrir o rosto. Sem precisarem de dizer uma palavra, esvaziavam caixas e cofres. O assalto mais lucrativo aconteceu em Rio Meão, de onde levaram 17 mil euros da agência da Caixa Geral de Depósitos.

Conseguiram juntar um total de 92 mil euros, que Pietro usou para pagar dívidas ao Fisco, à Segurança Social, a um banco e até multas por ter passado em auto-estradas scut sem pagar portagem.

Detidos pela PJ, os dois começam a ser julgados no Tribunal de Matosinhos esta quinta-feira.

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