Estrangeiros residentes passam de 421 mil em 2017 para mais de 1,5 milhões no final de 2024.
O número de cidadãos estrangeiros a residir em Portugal “quadruplicou em sete anos” e atingiu 1 543 697 no final do ano passado, revelou a Pordata, no âmbito do Dia Mundial dos Migrantes, com base no último relatório da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
Os dados indicam que 71% ( 1 096 170) destes cidadãos tinham título de residência, 25% (378 643) aguardavam obtenção ou renovação do título de residência e os restantes 4% (68 884) encontravam-se noutras situações.
O Brasil é de longe o país mais representado entre os estrangeiros residentes em Portugal, com quase 485 mil pessoas, cinco vezes mais do que o segundo país com mais elementos, que é já a Índia, com 98 616, tendo ultrapassado Angola (92 348).
Perto de um terço (28,9%) dos estrangeiros residentes “estão em situação de pobreza ou exclusão social, 9,7 pontos percentuais acima da população portuguesa”, que tem 19,2% de pessoas nesta situação. Na União Europeia a 27, os estrangeiros em situação de pobreza ou exclusão social representam 37,8% do total, mais 19,3 pontos percentuais do que os nacionais.
O documento divulgado pela Pordata revela que “88,2% dos estrangeiros com idades entre os 25 e os 64 anos residentes em Portugal encontram-se no mercado de trabalho (76,5% empregados e 11,5% à procura de emprego)”. Entre a população de nacionalidade portuguesa da mesma faixa etária, “a percentagem de pessoas no mercado laboral é de 86,9% (81,9% empregados e 5,0% à procura de emprego)”.
Mas as desigualdades de género no mercado de trabalho são mais acentuadas entre os estrangeiros, sendo a taxa de emprego de 86,4% nos homens e 68,5% nas mulheres, face a 84,7% nos homens e 79,3% nas mulheres de nacionalidade portuguesa. A taxa de desemprego, na população estrangeira entre os homens é de 8,3% e nas mulheres de 14,6%, e na população portuguesa é de 4,8% para os homens e 5,3% para as mulheres.
Menos de 5% obtém nacionalidade
Comparando o número de estrangeiros entre os 20 e os 64 anos com entrada registada em Portugal e os que obtêm nacionalidade portuguesa seis anos depois, a percentagem é sempre inferior a 5%, exceto no período entre 2019 e 2021 (5,17% e 7,52%). Em 2024, foi atribuída nacionalidade a 20 624 cidadãos residentes em Portugal, um aumento de 21% em relação a 2023.
Saldo positivo de 143 641
Em 2024, segundo a Pordata, imigraram para Portugal 177 557 pessoas, nacionais ou estrangeiras, tendo saído
33 916 pessoas (de nacionalidade portuguesa ou estrangeira), resultando num saldo positivo de 143 641 - em 2023 tinha sido 155 701.
Maior número são jovens
Entre os emigrantes, os jovens dos 20 aos 34 anos têm sido o grupo mais representado, quase sempre mais de 50% e atingindo um máximo de 57% em 2024. Também entre os imigrantes é esse o maior grupo etário, com 35% do total, seguido do grupo dos 35 aos 54 anos (31%).
Flutuações da economia ditam migrações
Os movimentos migratórios refletem as flutuações da economia. Entre 2011 e 2015, durante a crise financeira, o saldo migratório foi negativo, tendo havido maior número de saídas do que entradas, mas a partir de 2016 o saldo tornou-se positivo.
Menos cinco mil saíram
O Observatório da Emigração (OE) revela dados diferentes dos da Pordata, estimando que em 2024 emigraram cerca de 65 mil portugueses, menos cinco mil face a 2023, sobretudo devido à redução de 37% nas saídas para o Reino Unido.
Maioria com baixas qualificações
A maioria dos portugueses que emigra tem baixas qualificações, segundo o OE, sendo os principais destinos Suíça, Espanha, França e Alemanha. Seguem-se Bélgica e Países Baixos, para onde vão portugueses mais qualificados.
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