PANCADA À PORTA DO KREMLIN

Socos e pontapés desferidos, na madrugada de ontem, ao que tudo indica por um vigilante da discoteca Kremlin, ‘empurraram’ um homem de 30 anos para o Serviço de Observação (SO) do Hospital de S. José. As autoridades estão a investigar mais este caso de violência na noite de Lisboa.

14 de setembro de 2003 às 00:00
PANCADA À PORTA DO KREMLIN Foto: Manuel Moreira
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Rui Dias, morador em Forte da Casa, Vila Franca de Xira, entrou no hospital depois das 05h30, com escoriações visíveis na face e contusões no corpo. Apesar de inspirar cuidados, a vítima não corre risco de vida, pelo que, ontem, pelas 18h00, aguardava receber as primeiras visitas ainda no SO.

O agredido, acompanhado de uma mulher e outro casal, tentou entrar na discoteca, já passava das 05h00. O recinto fecha a porta às 04h00, mas mantém-se em funcionamento até às 10h00.

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A entrada foi-lhe vedada pelo segurança/vigilante, mas o homem terá insistido em entrar, pois segundo as autoridades policiais estaria alcoolizado. A insistência terá irritado o segurança que, segundo os casais, partiu para a agressão.

Com socos e pontapés, de acordo com a Polícia, o vigilante deitou o homem por terra. E no meio da confusão terá agredido ainda um outro homem, Virgílio Alexandre.

Este sofreu pequenas escoriações, pelo que depois de ter recebido tratamento hospitalar teve alta.

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Já Rui Dias foi transportado ao Hospital de S. José pelos Bombeiros da Ajuda, que acorreram ao local, tal como a PSP, Esquadra do Calvário.

Segundo as autoridades policiais, o Kremlin é uma das discotecas mais inseguras. “Há muitos casos que chegam aos jornais. Mais são muitos mais os que não chegam”.

VÍDEO IDENTIFICARÁ AGRESSOR

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O agressor não tinha sido, ao fim da tarde de ontem, ainda identificado, pelo que enquanto as vítimas afirmam tratar-se de um segurança da discoteca – versão que colhe a adesão da Polícia –, o gerente do recinto, Gregório Espingardeiro, contrapôs à agência Lusa com uma agressão “entre clientes”, no exterior.

Já o director-geral da empresa ‘K’, que explora o Kremlin, disse que as agressões foram perto de outro estabelecimento. Virgílio Alexandre, também agredido, queixou-se ainda, segundo a Lusa, de que “os polícias recusaram-se a entrar na discoteca para identificar o autor da agressão, que ainda se encontrava no interior”.

Fonte policial adiantou ao CM que o agressor já tinha escapado quando chegaram, pelo que a sua identificação “ainda não foi feita”, mas sê-lo-á “em breve através da cassete de videovigilância”.

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TIROS EM FALSO

Três indivíduos, encapuzados, dispararam seis tiros de pistola contra a porta da discoteca ‘Kremlin’ e fugiram. A cena aconteceu pelas 07h00 do dia 1 de Junho de 2003, quando, pouco depois de lhes ter sido recusada a entrada, os indivíduos voltaram para cumprirem as ameaças de violência.

FERIDO LIGEIRO

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Um grupo de quatro indivíduos envolveu-se, cerca das 07h30 do dia 6 de Abril de 2001, em confrontos com os vigilantes da discoteca Kremlin, que lhes haviam recusado a entrada. A PSP deteve dois dos indivíduos do grupo por posse ilegal de armas e um outro, que ficou ferido na escaramuça.

SEGURANÇA MORTO

Um segurança da discoteca Kremlin morreu e três colegas seus e um cliente ficaram feridos quando, ao início da manhã de 17 de Março de 2001, quatro indivíduos dispararam uma chuva de tiros sobre a porta do estabelecimento. Os jovens, a quem havia sido recusada a entrada, foram ao carro buscar diversas armas e efectuaram 18 disparos.

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