‘Páras’ sem apoio de helicópteros na República Centro-Africana
Risco acrescido para militares que estão sem meios aéreos.
Os paraquedistas portugueses em operação militar das Nações Unidas na República Centro-Africana não contam, desde meados de dezembro, com apoio de helicópteros de ataque, meios fornecidos pela MINUSCA (missão da ONU) e que são cruciais para os operacionais que combatem no terreno. O risco é acrescido.
Os três hélis de ataque que apoiavam toda a MINUSCA ficaram inoperacionais num incidente bizarro no aeroporto de Bangui, capital da RCA. Uma manobra fora da norma de um avião a jato russo fez projetar pedras contra os aparelhos MI-35 senegaleses.
Resultado: vidros do cockpit partidos e outros danos, que levaram a que as tropas ficassem sem apoio dos hélis que disparam rockets e têm um canhão de 20 mm.
Os paraquedistas portugueses, apoiados no terreno por dois controladores aéreos avançados da Força Aérea, procuraram contornar a falha adaptando uma metralhadora à porta de um helicóptero de transporte MI-17 paquistanês.
A solução permitiu fazer fogo de supressão, por atiradores especiais, mas no dia 17, numa operação que o CM acompanhou no terreno, em Bambari, esse héli foi atingido por dois disparos.
Por não ser blindado sofreu danos e aterrou de emergência. Ficou inoperacional e quase que obrigou à suspensão do combate em curso para expulsar da cidade os grupos armados.
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