‘Páras’ travam a tiro ataque de terroristas

Militares portugueses foram emboscados ao defender esquadra de polícia de ataque de dois grupos armados.

01 de junho de 2018 às 01:30
Militares portugueses na República Centro-Africana Foto: Direitos Reservados
Militares portugueses atacados estão inseridos na missão da ONU na República Centro-Africana Foto: Direitos Reservados
Militar português em missão na República Centro Africana Foto: EMGFA
Força portuguesa em missão de paz na República Centro-Africana Foto: Direitos Reservados

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Paraquedistas portugueses expulsaram a tiro, num cenário de feroz combate, dois grupos de terroristas da cidade de Bambari, na República Centro-Africana (RCA). O ataque não causou feridos entre os militares lusos, mas provocou diversas mortes nos gangs locais – foi o segundo contra as tropas nacionais em 24 horas.

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Depois de na terça-feira à tarde, como o CM noticiou esta quinta-feira, os paraquedistas terem sido alvo de um ataque a tiro por parte de um gang em motos, os militares portugueses foram chamados de urgência a Bambari.

Dois gangs armados (auto intitulados Anti-balaka e ex-Seleka) atacaram a esquadra da polícia daquela cidade, a 400 quilómetros de Bangui, capital da RCA.

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Foi no percurso entre o acampamento onde estão os militares nacionais e o local atacado que ocorreu a emboscada aos ‘páras’ portugueses. Debaixo de fogo de armamento pesado, os blindados das Nações Unidas onde seguiam os militares nacionais foram também alvo de civis, que tentaram travar a marcha dos mesmos.

Chegados à esquadra policial, os paraquedistas portugueses tomaram posições e iniciaram a resposta a tiro. A operação contou com o apoio da tripulação de um helicóptero paquistanês, que foi atacado por cerca de sessenta terroristas. O Estado-Maior General das Forças Armadas português diz que, durante a operação, foram identificados mais 40 atacantes.

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Com esforço, o contingente luso-paquistanês conseguiu expulsar os gangs armados de Bambari, matando vários criminosos. Não há baixas entre os militares portugueses.

PORMENORES 

Comunicações

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O CM e a CMTV tiveram acesso ao áudio das comunicações entre os militares portugueses durante o ataque na zona de Bambari. As mesmas atestam a violência da emboscada aos paraquedistas.

Viatura alvejada

Numa comunicação ouve-se um militar a dizer que a viatura foi alvejada no vidro do lado do condutor e noutra que foram visualizados homens armados com AK-47 e munições a efetuar vários disparos.

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"Vão largar ferro"

Um militar diz via rádio que estão a deitar gás lacrimogéneo pois "há populares deitados no chão a impedir a marcha das viaturas". Noutra comunicação pede-se para que os carros não parem pois "eles vão largar ferro".

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