‘Páras’ travam a tiro ataque de terroristas
Militares portugueses foram emboscados ao defender esquadra de polícia de ataque de dois grupos armados.
Paraquedistas portugueses expulsaram a tiro, num cenário de feroz combate, dois grupos de terroristas da cidade de Bambari, na República Centro-Africana (RCA). O ataque não causou feridos entre os militares lusos, mas provocou diversas mortes nos gangs locais – foi o segundo contra as tropas nacionais em 24 horas.
Depois de na terça-feira à tarde, como o CM noticiou esta quinta-feira, os paraquedistas terem sido alvo de um ataque a tiro por parte de um gang em motos, os militares portugueses foram chamados de urgência a Bambari.
Dois gangs armados (auto intitulados Anti-balaka e ex-Seleka) atacaram a esquadra da polícia daquela cidade, a 400 quilómetros de Bangui, capital da RCA.
Foi no percurso entre o acampamento onde estão os militares nacionais e o local atacado que ocorreu a emboscada aos ‘páras’ portugueses. Debaixo de fogo de armamento pesado, os blindados das Nações Unidas onde seguiam os militares nacionais foram também alvo de civis, que tentaram travar a marcha dos mesmos.
Chegados à esquadra policial, os paraquedistas portugueses tomaram posições e iniciaram a resposta a tiro. A operação contou com o apoio da tripulação de um helicóptero paquistanês, que foi atacado por cerca de sessenta terroristas. O Estado-Maior General das Forças Armadas português diz que, durante a operação, foram identificados mais 40 atacantes.
Com esforço, o contingente luso-paquistanês conseguiu expulsar os gangs armados de Bambari, matando vários criminosos. Não há baixas entre os militares portugueses.
PORMENORES
Comunicações
O CM e a CMTV tiveram acesso ao áudio das comunicações entre os militares portugueses durante o ataque na zona de Bambari. As mesmas atestam a violência da emboscada aos paraquedistas.
Viatura alvejada
Numa comunicação ouve-se um militar a dizer que a viatura foi alvejada no vidro do lado do condutor e noutra que foram visualizados homens armados com AK-47 e munições a efetuar vários disparos.
"Vão largar ferro"
Um militar diz via rádio que estão a deitar gás lacrimogéneo pois "há populares deitados no chão a impedir a marcha das viaturas". Noutra comunicação pede-se para que os carros não parem pois "eles vão largar ferro".
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