Parque de estacionamento fechado revolta moradores em Lisboa
Residentes querem que a intervenção seja feita de forma faseada, mas a EMEL não cede.
Moradores e comerciantes da freguesia de Belém, em Lisboa, estão revoltados com as obras de reabilitação de um parque de estacionamento que obrigaram ao encerramento do espaço.
O parque situa-se na avenida da Índia, entre a Cordoaria Nacional e a sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa. As obras no parque são da responsabilidade da EMEL.
"A intervenção estava prevista para junho e julho, mas as obras só avançaram este mês e não nos avisaram, porque se calhar até podíamos ter encerrado para férias, para não prejudicar o negócio", disse ao CM Bessa Tavares, gerente de um estabelecimento comercial.
O parque de estacionamento em causa fica próximo da Universidade Lusíada. Alunos e professores são também utilizadores do espaço.
"A solução para evitar estes constrangimentos e prejuízos de milhares de euros, como é o meu caso, passa por haver bom senso e a obra ser feita de forma faseada: metade, por exemplo, e na outra ainda seria possível estacionar", reforçou Bessa Tavares, que já expôs o caso numa carta dirigida ao presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
Ao CM, a EMEL justifica o atraso da obra com a "necessidade de obter um parecer adicional pela Direção-Geral do Património Cultural".
A empresa garante ainda que a intervenção não está a ser realizada de forma faseada devido "a questões de segurança", uma vez que "os acessos ao espaço são limitados e teriam de ser utilizados em simultâneo por equipamentos das obras e por automobilistas".
As obras de reabilitação do parque de estacionamento começaram a três de setembro.
Segundo a EMEL, deverão estar concluídas a 27 de novembro, já que o prazo de execução é de 59 dias úteis.
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