Patrão encobriu possível homicida
Patrão diz que suspeito de matar ex-namorada em Braga lhe pediu para mentir à polícia.
O patrão de um jovem acusado de matar a ex-namorada em Braga afirmou esta segunda-feira em tribunal que o arguido lhe pediu para mentir à polícia sobre a sua não-comparência ao trabalho no dia do desaparecimento da vítima.
Segundo aquela testemunha, o arguido, de 21 anos, era sempre "certinho" no trabalho, num stand de automóveis em Braga, mas no dia dos factos faltou na parte da tarde, sem avisar ninguém. Nos dias seguintes, e ainda segundo a mesma testemunha, apresentou-se ao trabalho "nervoso e perturbado", dando uma explicação titubeante e vaga para a sua ausência na referida tarde.
A vítima, uma jovem de 20 anos, esteve dada como desaparecida desde 11 de outubro de 2013 até 11 de janeiro, data em que o corpo foi encontrado acidentalmente por um grupo de jovens que praticava paintball. O corpo da jovem, com os pés e as mãos atados, estava no forno de uma antiga serração em Santa Lucrécia de Algeriz, Braga, a 800 metros da casa do arguido.
Apesar do arguido nunca ter assumido "claramente" a autoria do crime, o patrão afirmou que, "somando as várias peças", concluiu que o crime tinha mesmo sido cometido pelo empregado. Já um colega de trabalho do arguido disse que este lhe confessou que apenas tinha encomendado a uma pessoa que "desse um susto" à ex-namorada. No entanto, aquela pessoa terá levado a "encomenda" muito para além do que ele teria imaginado.
O arguido optou pelo silêncio, uma postura que, segundo o seu advogado, Artur Marques, deverá perdurar ao longo de todo o julgamento.
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