Pena suspensa para ex-bombeiro que ateou fogos
Homem pertencia à corporação de bombeiros de Condeixa-a-Nova.
O Tribunal de Coimbra condenou esta quarta-feira um ex-bombeiro de Condeixa-a-Nova acusado de atear vários fogos entre março e maio de 2015 a quatro anos de prisão com pena suspensa na sua execução.
O tribunal condenou o jovem ex-bombeiro pela prática de 12 crimes de incêndio florestal, que passaram de agravado a simples. Como o arguido tinha menos de 21 anos aquando da prática dos crimes, o tribunal decidiu aplicar o regime especial para jovens, que leva a uma atenuação do número de anos previstos pela prática de cada crime.
Para decidir esta pena, o tribunal considerou também a confissão do arguido, o facto de este não ter antecedentes criminais, de estar integrado "social, familiar e profissionalmente", e por ter procedido à indemnização voluntária de três proprietários afetados pelos incêndios que provocou.
Durante os quatro anos de pena suspensa, o arguido deverá receber "o necessário acompanhamento médico-psicológico", disse a juíza, sustentando-se nas conclusões do exame psiquiátrico.
Para a defesa, a medida foi "muito justa e muito equilibrada".
Na primeira sessão do julgamento, o arguido admitiu que ateou os focos de incêndio com o objetivo de ganhar experiência, sublinhando que escolhia locais de fácil acesso e longe de povoações.
O jovem admitiu ainda, quando questionado pela advogada de defesa, que tem baixa autoestima e que o facto de ir apagar incêndios poderia ser uma forma de as pessoas terem "mais consideração" por ele.
O jovem de 20 anos pertenceu aos Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova entre 2013 e maio de 2015, tendo ateado vários fogos, entre março e maio de 2015, todos eles de pequenas dimensões e sem qualquer risco efetivo para casas, pessoas ou viaturas.
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