Arguido de 20 anos lançou 12 incêndios em dois meses.
Entre março e maio de 2015 um bombeiro, de 20 anos, da corporação de Condeixa-a-Nova, ateou 12 incêndios. Depois de lançar as chamas dava o alerta e ia combater o fogo com os colegas. Quando foi detido, o arguido, que amanhã começa a ser julgado no Tribunal de Coimbra, disse que o fazia para treinar para o verão.
O arguido era distribuidor de bens alimentares e estava na corporação desde 2013, tendo sido afastado de funções na sequência do processo disciplinar de que foi alvo. O primeiro foco de incêndio foi ateado a 9 de março. A partir daí lançou mais 11 incêndios. Só no dia 4 de abril ateou quatro. Usava um isqueiro e só atuava durante a tarde. Dirigia-se a zonas florestais, no concelho de Condeixa-a- -Nova, e lançava fogo à vegetação seca.
De seguida deslocava-se para o quartel e no caminho telefonava do seu telemóvel a dar o alerta para o Comando Distrital de Operações de Socorro. Era quase sempre o primeiro a chegar ao quartel e ia participar no combate. O incêndio de maiores dimensões ocorreu a 16 de maio. Consumiu mais de dois hectares de floresta e causou danos em três viaturas dos bombeiros, causando um prejuízo superior a quatro mil euros. Este foi também o último fogo ateado antes de ser detido pela PJ do Centro.
A acusação diz que o arguido tinha consciência do elevado risco de propagação do incêndio. O bombeiro, que está em prisão domiciliária, vai responder pela prática de 12 crimes de incêndio florestal na forma agravada.
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