Peritos concluem que piloto falhou em aterragem de emergência que matou duas pessoas na Caparica
Gestão da emergência não foi apropriada por "falta de preparação".
O piloto instrutor da avioneta que em 2 de agosto de 2017 matou duas pessoas na praia de São João, na Caparica, durante uma aterragem de emergência, "não efetuou uma gestão apropriada da emergência", por "falta de preparação", revela o relatório final do acidente publicado esta sexta-feira pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
"As ações do piloto instrutor não foram realizadas de acordo com os procedimentos de emergência e lista de verificação aplicáveis", "as ações do piloto instrutor e as declarações no pós-evento indicaram inadequado conhecimento e compreensão da emergência" e "o desempenho inadequado do piloto instrutor evidenciam falta de preparação adequada para a emergência", são algumas das conclusões dos especialistas.
Sofia, de 8 anos, e José Lima, de 56, estavam na praia e morreram atingidos pela avioneta que sofreu uma avaria pouco após ter descolado de Tires. O motor parou sobre o Tejo. De acordo com o GPIAAF, devido a "deficiente entrega de combustível aos cilindros pelo carburador devido a um defeito na sede da válvula de controlo de nível de combustível na cuba". Esse defeito terá tido origem numa "falha no processo da sua instalação". Segiu-se a "preparação inadequada do piloto instrutor para lidar com a emergência de falha de motor" e a "quebra de procedimentos básicos e de emergência pelo piloto instrutor".
O piloto, em vez de tentar amarar, dirigiu a avioneta para a praia, onde atingiu as vítimas.
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