PJ detém sete elementos dos Anonymous

Suspeitos de vários crimes.

26 de fevereiro de 2015 às 11:03
Anonymous Foto: Direitos Reservados
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A Polícia Judiciária deteve na manhã desta quinta-feira sete elementos do grupo Anonymous Portugal, piratas informáticos que desde 2011 têm atacado os sites de várias empresas e entidades e organismos públicos e divulgado dados através da internet. A Polícia designou a operação de C4R3T05 (Caretos).

A operação, conduzida pela Secção de Investigação da Criminalidade Informática e Tecnológica, da PJ de Lisboa, iniciou-se em abril do ano passado, tendo-se, agora, após uma larga recolha de informação e de material probatório, desenvolvido com a realização de vinte e quatro buscas domiciliárias e a detenção dos presumíveis autores, um deles de sexo feminino, de idades compreendidas entre os 17 e os 40 anos de idade, nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

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Segundo o Ministério Público, uma das buscas ocorreu num órgão de comunicação social, o Tugaleaks. Um dos detidos é Rui Cruz, o fundador desse site.

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Além das detenções, foram ainda constituídos catorze arguidos, face ao seu envolvimento nos factos delituosos.

Entre as entidades atacadas por elementos do grupo encontram-se o Serviço de Informações e Segurança, Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, PSP, GNR, vários ministérios, quase todos os bancos e, até, o Patriarcado de Lisboa. Todos viram invadidos os sistemas informáticos, de onde foram retiradas informações depois divulgadas através das redes sociais da internet.

Os suspeitos usavam servidores no estrangeiro, razão pela qual as autoridades tiveram dificuldade em os identificar. São suspeitos dos crimes de acesso ilegítimo, sabotagem e, nos casos em que fragilizaram organismos de defesa do Estado, de ciberterrorismo.

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Dano informático

A operação visou o apuramento e atribuição de responsabilidades criminais a grupos de cidadãos envolvidos, de forma reiterada, em crimes de sabotagem informática ('DDoS'), de dano informático ('defacing'), de acesso ilegítimo ('hacking') e de acesso indevido ("exfiltração de dados"), praticados contra diversos sistemas informáticos do Estado Português e, também, de empresas relevantes do sector privado.

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A operação permitiu a apreensão de dezenas de sistemas informáticos, que serão objeto de análise forense digital a efetuar pelo departamento especializado da Polícia Judiciária.

 

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A atividade destes grupos centrava-se no ataque frequente e lesivo a sistemas informáticos institucionais, públicos e privados, sendo que as consequências práticas do cometimento destes tipos de crimes conduzem à inesperada inoperabilidade institucional dos mesmos, com os prejuízos daí resultantes.

 

Este tipo de criminalidade tem, ainda, um efeito erosivo sobre a confiança dos cidadãos nas estruturas nacionais da rede internet, prejudicando a sua credibilidade.

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