Braga: PJ prende técnico camarário e amigo
Recebiam luvas para acelerar processos e licenciar obras.
A Polícia Judiciária de Braga prendeu um técnico camarário e um arquiteto – trabalhavam os dois em vários projetos imobiliários –, por suspeita de corrupção, extorsão, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Ambos receberiam dinheiro de particulares para acelerar os processos de fiscalização. O responsável por um gabinete de arquitetura era o "corruptor ativo", fazia chegar ao funcionário da câmara as ‘luvas’. Estão em causa os mais variados valores que alteravam consoante a necessidade do ‘cliente’. Se era para fechar os olhos a uma fiscalização, ou mesmo para acelerar um licenciamento, os preços eram diferentes.
Os dois homens foram presos durante a manhã desta terça-feira e só deverão ser ouvidos esta quarta-feira no tribunal. A PJ realizou, entretanto, buscas na autarquia e também em vários gabinetes de arquitetura, tendo apreendido diversos documentos que serão vitais para a investigação. As autoridades acreditam que o esquema era praticado há vários anos, não sendo ainda possível quantificar os lucros obtidos.
Entretanto, a Câmara de Braga fez um comunicado para realçar que "a batalha contra a corrupção no município continuará a ser travada todos os dias, tendo como aliados o executivo, os colaboradores da autarquia, os cidadãos e a Justiça".
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