PJ quer criar unidade de combate ao cibercrime
Crime informático "aumentou exponencialmente", segundo a direção da Judiciária
A Polícia Judiciária (PJ) propôs ao Ministério da Justiça a criação de uma Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime. A revelação foi feita ontem pelo diretor nacional adjunto, Pedro do Carmo, que presidiu à abertura de uma formação destinada a inspetores que irão integrar esta unidade.
Em declarações ao CM, Pedro do Carmo admitiu que o crime informático tem "aumentado exponencialmente", sem no entanto revelar números de inquéritos investigados pela PJ no ano passado. Por isso, frisou, "a atual direção tomou a iniciativa de propor ao Ministério da Justiça, a criação de uma unidade especializada, que integre a estrutura orgânica da polícia, com operacionais dedicados, em exclusivo, à investigação e combate a este tipo de criminalidade".
"Ao que sabemos, esta proposta está a ter um bom acolhimento por parte da tutela", concretizou Pedro do Carmo. A pensar já na entrada em funções da nova unidade, a PJ assinou um protocolo com o Instituto Politécnico de Leiria, destinado à criação de uma pós-graduação dirigida não só a inspetores que já investigam crimes informáticos, mas também a procuradores.
Por isso, na cerimónia de ontem na Escola da PJ, em Loures, esteve também presente o procurador Pedro Verdelho, coordenador do Gabinete de Combate ao Cibercrime da Procuradoria-Geral da República.
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