Plano de segurança rodoviária no Algarve parado há dois anos
Iniciativa anunciada em 2016 para reduzir sinistralidade com identificação dos ‘pontos negros’.
O Plano Intermunicipal para a Segurança Rodoviária no Algarve foi assinado em 2016 mas, passados mais de dois anos, continua sem avançar. "Não há novidades" admitiu esta quarta-feira Jorge Botelho, presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), ao CM
O também presidente da Câmara de Tavira referiu que "o tema foi discutido e ficou por marcar uma reunião específica para fazer um levantamento global dos ‘pontos negros’ que existem". E espera marcar esse mesmo encontro "ainda este mês".
No ano passado 40 pessoas morreram nas estradas algarvias, mais 10 do que em 2017. Este ano, entre o dia 1 de janeiro e 7 de fevereiro, cinco pessoas perderam a vida em acidentes rodoviários.
O aumento da sinistralidade preocupa e o presidente da AMAL garante que ninguém se esqueceu do problema e que "as câmaras têm feito muitas obras importantes nas estradas".
Para Jorge Botelho "só é necessário fazer um levantamento global dos ‘pontos negros’ para perceber o que já foi feito e o que ainda falta fazer".
Neste sentido, "vai ser marcada ainda durante este mês de fevereiro uma reunião apenas com técnicos para fazer esse ponto de situação". O presidente da AMAL garante que neste projeto a associação de municípios deve principalmente "monitorizar as soluções que são encontradas pelas câmaras".
Este Plano Intermunicipal, que junta todos os municípios da região, foi anunciado com o objetivo de reduzir a sinistralidade através da identificação dos ‘pontos negros’.
PORMENORES
Junho de 2016
Foi em junho de 2016 que a AMAL e a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária assinaram o protocolo para a elaboração do Plano Intermunicipal para a Segurança Rodoviária no Algarve.
Mais acidentes
Entre o início do ano e o dia 7 de fevereiro registaram-se 823 acidentes nas estradas algarvias. O número de acidentes tem vindo a aumentar. Em 2017, registaram- -se 816 no mesmo período de tempo.
Estrada da morte
Jorge Gomes, então secretário de Estado da Administração Interna, presidiu à assinatura do protocolo, em 2016. Na altura, disse que a EN125 era "a única ‘estrada da morte’ do País".
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