Polícia espanhola desmantela rede de tráfico de droga que usava marina de Lagos como base logística. Há 60 detidos

Operação 'Soterrado' resultou na apreensão de mais de 10 toneladas de haxixe.

13 de março de 2021 às 14:22
Guardía Civil Foto: Getty Images
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A polícia espanhola deteve 60 pessoas e desmantelou, com a colaboração da Polícia Judiciária (PJ) portuguesa, uma organização de tráfico internacional de haxixe que utilizava a marina de Lagos (Algarve) como base logística das suas operações.

A Guardia Civil espanhola (correspondente à GNR) revelou este sábado que desmantelou uma rede de criminosos que introduziu grandes quantidades de haxixe na costa de Huelva, uma provincia da região da Andaluzia que faz fronteira com o Algarve.

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Foram detidos 60 pessoas e mais de 10 toneladas de haxixe foram apreendidas na operação 'Soterrado', coordenada pela Europol (serviço Europeu de polícia) e com a colaboração da PJ.

A investigação começou em fevereiro do ano passado, quando a polícia espanhola teve conhecimento da existência de uma poderosa organização de traficantes de droga que, embora estivesse instalada em Huelva, Sevilha e Cádis (Andaluzia), tinham deslocado a sua logística para o sul de Portugal para evitar a pressão da Guarda Civil sobre as costas desta comunidade autónoma espanhola.

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Os investigadores, juntamente com membros da Polícia Judiciária Portuguesa, tiveram conhecimento que a organização estava a utilizar até quatro barcos a partir da marina de Lagos com tripulações de Cádis e de Ceuta (cidade espanhola no norte de Áfriva).

Segundo o comunicado da Guardia Civil, desde março de 2020, foram apreendidos 1.000 quilos de haxixe nas águas do Estreito de Gibraltar, com quatro detidos e um barco apreendido; 1.700 quilos de haxixe na Isla Cristina (Huelva), com seis detidos e dois barcos apreendidos, e 1.300 quilos em Mazagón (Huelva), recuperando três outros veículos roubados.

No decurso da operação, os agentes detetaram um grande lançamento de barcos a partir do porto de Lagos, de forma que, em plena luz do dia, foram utilizados até 12 barcos num único mês, segundo a polícia espanhola.

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Também foram localizadas algumas instalações industriais, perto de Huelva, que a organização utilizou para reparar os barcos aproveitando a atividade comercial do local.

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