Polícia leva urna de voto após polémica eleitoral
Presidente da Mesa Eleitoral suspendeu ato eleitoral no Clube Naval e recolheu urna.
O insólito aconteceu este sábado à tarde durante as eleições para os órgãos sociais do Clube Naval de Portimão (CNP). Cerca das 16h00, duas horas antes do fecho das urnas, o presidente da Mesa da Assembleia Geral e da Mesa Eleitoral, José Casimiro, decidiu suspender o ato eleitoral e levou a urna para outra sala, justificando a decisão com o facto de se ter apercebido de "graves irregularidades".
Segundo a comunicação que apresentou ao clube, a que o CM teve acesso, é referida a votação de sócios "sem a situação regularizada junto do clube" e a "obtenção de procuração de forma suspeita", nomeadamente de "sócios sem capacidade de votação". O responsável, que é candidato à presidência da Assembleia Geral pela Lista A - que representa a continuidade -, adiantou que vai ser feita uma participação ao Ministério Público para averiguações e só depois será remarcado o ato eleitoral.
O candidato à presidência do CNP pela Lista A, Miguel Farinha, confirmou o caso ao CM. Por outro lado, o candidato pela Lista B, João Rosa, disse ao CM estar "surpreendido" pela atitude do presidente da Mesa Eleitoral, uma vez que as eleições "estavam a decorrer com normalidade". "Ficaram algumas pessoas à porta, que estavam à espera de votar e que também foram apanhadas de surpresa", adiantou.
Por sua vez, David Leonardo, que é candidato a vice-presidente pela Lista B, revelou ter sido alertada a Polícia Marítima, que acabou mesmo por recolher a urna de voto para que seja garantida a sua inviolabilidade para que o ato possa, eventualmente, ser reatado.
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