Polícia quer inteligência artificial no combate ao crime

Diretora nacional adjunta da Polícia Judiciária defende "devido enquadramento regulamentar".

10 de outubro de 2023 às 08:51
Luísa Proença, Diretora Nacional Adjunta da Polícia Judiciária Foto: David Martins
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Luísa Proença, diretora nacional adjunta da Polícia Judiciária com o pelouro da inovação, avisa, na sua contribuição para o livro ‘88 Vozes sobre Inteligência Artificial’, que chega esta segunda-feira às bancas, ser "fundamental" que as autoridades se dotem de "soluções tecnológicas únicas, não disponíveis no mercado" para "antecipar fenómenos criminais ou intervir com eficácia no processo de investigação", salientando que os algoritmos de IA, "depois de treinados", são "um enorme valor acrescentado para a segurança dos Estados e dos cidadãos", desde que "com o devido enquadramento regulamentar".

Elencando os efeitos da deslocalização do crime para o digital, entre eles que as redes criminosas "estão sempre na vanguarda da utilização das tecnologias emergentes, sem quaisquer constrangimentos financeiros", Luísa Proença fala em autoridades "limitadas, ou mesmo impedidas, de utilizar as ferramentas que melhor se adequam", e que a IA é "essencial e incontornável".

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"O investimento em meios avançados continua a ser inexpressivo, quando comparado com os meios tecnológicos disponíveis. Acresce ainda um fator de enorme relevância, que é o atraso da legislação em se adaptar às necessidades do mundo real e atual, em matéria de prevenção e investigação da criminalidade do século XXI", afirma.

O livro recolhe os contributos de 88 personalidades sobre a IA.

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