Polícia recupera arma de crime encomendado

Calados na Polícia Judiciária de Vila Real e em silêncio no tribunal. Cátia e Ricardo mantiveram uma estratégia de tentar perceber o que está na posse da investigação. Não aceitaram dar explicações ao juiz sobre as imputações das autoridades - que defendem que Ricardo, a troco de 10 mil euros, aceitou matar Carlos Outeiro, de 39 anos, à porta de casa, em Chaves. A arma do crime, uma caçadeira, foi recuperada. As autoridades vão fazer agora perícias para tentar fundamentar as provas do crime, ocorrido a 17 de janeiro.

Para já, a PJ tem o depoimento da mulher que conduzia o carro em que seguia Ricardo. Assumiu que tinha sido amante do jovem e que o levou àquele local sem saber ao que ia. Ficou assustada quando Ricardo saiu e disparou à queima-roupa. Carlos Outeiro, atingido no pescoço, não conseguiu reagir.

Desde a primeira hora que as autoridades desconfiavam que o crime tinha sido planeado pela mulher da vítima. Cátia mantinha uma relação tensa com o marido, que queria o divórcio. A sua morte resolveria vários problemas - poderia assumir uma relação extraconjugal que mantinha e a casa de ambos ficava paga.

Ontem, o casal foi ouvido no Tribunal de Chaves. Entraram já depois das 14h00 e não aceitaram falar. Foram confrontados com os indícios recolhidos. O juiz decidiu, já ao princípio da noite, que ficavam em prisão preventiva - Cátia em Santa Cruz do Bispo, Matosinhos, e Ricardo em Chaves.