Polícias fingem ser turistas para apanharem carteiristas em Lisboa

Unidade da PSP criada para combater o fenómeno registou 5762 ocorrências de furto por carteirista em 2024, um aumento de 11%.

19 de maio de 2025 às 01:30
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“Um bom carteirista pode fazer quatro, cinco, seis furtos, num dia. Numa só carteira estão, normalmente, 500 euros (...) são verdadeiros profissionais da arte de furtar carteiras.” Assim são vistos os carteiristas que atuam em Lisboa pela Unidade Especial de Combate a Carteiristas, equipa da PSP batizada como FC3 criada especificamente para combater este fenómeno e que só no ano passado deteve 149 suspeitos, um aumento de 43% em relação ao ano anterior.

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É uma espécie de jogo do gato e do rato, em que os polícias andam à paisana, têm de fingir que são turistas e precisam de se renovar com frequência para não serem reconhecidos. Já os carteiristas são destemidos e astutos. Vestem-se como turistas, andam com mochilas às costas e de máquina fotográfica na mão. Assaltam as vítimas sem que elas se apercebam e escolhem muito bem os alvos. Os asiáticos, por exemplo, transportam quantias avultadas em dinheiro e são uma presa preferencial.

A maioria dos carteiristas atua em grupo. “Estamos a falar em redes criminosas itinerantes”, diz ao CM o subintendente da PSP Sérgio Soares, adiantando que “as redes vão evoluindo e alterando o seu ‘modus operandi’”. São, sobretudo, romenos que circulam por várias cidades europeias. O aumento do turismo em Portugal colocou Lisboa no mapa destas redes organizadas.

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“Já identifiquei cerca de 50 elementos, entre sexo masculino e sexo feminino”, diz um informador da FC3, unidade que em 2024 registou 5762 ocorrências, uma subida de 11%. Veja a reportagem, esta segunda-feira, no investigação CM da CMTV.

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