Forças de segurança manifestam-se esta quinta-feira

Protesto vai decorrer a partir das 17h00 entre a praça do Comércio e a Assembleia da República.

24 de outubro de 2018 às 16:28
PSP, protesto, manifestação Foto: Pedro Catarino
psp, agentes, manifestação, protesto Foto: Tiago Petinga/Lusa
guarda prisional, Carregueira, Sintra, violência doméstica, ofensas, manifestação, PSP, Parlamento, protesto Foto: João Miguel Rodrigues

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Elementos da PSP, GNR, SEF, guardas prisionais, Polícia Marítima e ASAE realizam na quinta-feira, em Lisboa, uma manifestação de protesto contra o descongelamento das carreiras e falta de efetivo e investimento nas forças e serviços de segurança.

A "manifestação nacional de protesto", que vai decorrer a partir das 17h00 entre a praça do Comércio e a Assembleia da República, é organizada pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que congrega as estruturas mais representativas do setor da segurança interna.

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César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) e secretário nacional da CCP, disse à agência Lusa que a manifestação "é aberta a todos os polícias", devendo por isso estar presente no protesto outras estruturas que não fazem parte da CCP.

César Nogueira adiantou que em comum os polícias protestam contra a falta de efetivos e de investimentos nas instituições policiais, além de estarem desagradados com a proposta do Orçamento do Estado para 2019, que não contempla a valorização das carreiras e a consagração da profissão de desgaste rápido.

O secretário nacional da CCP considerou também que o próximo orçamento não prevê "investimentos visíveis em meios humanos e materiais, promovendo instituições policiais envelhecidas e a trabalhar no limite".

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"Este Governo prometeu muito e estamos quase no final da legislatura e não há nada de concreto", disse, sustentando que é grande a desmotivação e descontentamento dos policias.

No caso da Guarda Nacional Republicana, César Nogueira afirmou que há "falta e má gestão do efetivo" e o investimento é reduzido, existido muitas viaturas que já deviam estar paradas e meios informáticos "obsoletos".

O presidente da APG afirmou ainda que os militares exigem a contagem do tempo em que as carreiras estiveram congeladas, entre 2011 e 2017, e a atualização da tabela remuneratória.

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Com reivindicações idênticas, na PSP existe ainda outra exigência, relacionada com a reposição de vários subsídios em período de férias, que vai levar muitos polícias a marcar presença na manifestação, disse à Lusa o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP).

Paulo Rodrigues adiantou que em causa está uma decisão do Supremo Tribunal Administrativo que considerou ilegais os cortes feitos aos vários subsídios atribuídos, como suplementos especiais de serviço de patrulha e de turno, em período de férias.

A decisão do tribunal, tomada após uma ação interposta pela ASPP, considera também que devem ser pagos retroativos desde 2011, data em que foram cortados os subsídios.

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Já no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, os inspetores queixam-se sobretudo da falta de pessoal e de meios, nomeadamente na área informática, segundo o sindicato que os representa.

O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIF/SEF), Acácio Pereira, disse à Lusa que há uma redução no orçamento deste serviço de segurança.

Os guardas prisionais, que realizam desde terça-feira uma greve de três dias, reivindicam o compromisso assumido pela tutela quanto à revisão do estatuto profissional.

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Segundo o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), existe um "incumprimento do compromisso assumido pelo Ministério da Justiça" de proceder à conclusão da revisão do estatuto profissional da classe até ao final de setembro.

Fazem parte da CCP a APG/GNR, ASPP/PSP, Associação Socioprofissional da Polícia Marítima, SCIF/SEF, SNCGP e Associação Sindical dos Funcionários da ASAE.

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