Polícias vão ter treino para salvar vidas

Sindicatos dizem que são precisos recursos e tempo.

23 de agosto de 2018 às 08:28
Militares da GNR serão dos agentes da autoridade que vão receber formação para o uso de desfibrilhadores externos Foto: Hugo Rainho
Polícia de costas, PSP, costas, xxx Foto: Pedro Noel da Luz
PSP Foto: Filipe Farinha
crime, lei e justiça, polícia Foto: iStockphoto

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Nos cursos de formação, os agentes da autoridade já recebem aulas de primeiros socorros. Mas um relatório do INEM, elaborado por um grupo de trabalho, sugere agora que agentes da PSP, Polícia Municipal, Polícia Marítima e militares da GNR recebam também formação no uso de Desfibrilhador Automático Externo - o aparelho de choques elétricos capaz de reverter algumas paragens cardíacas, e que os equipamentos estejam em todas as viaturas policiais.

A ideia agrada às forças de segurança, mas exige "tempo e recursos" para ser implementada.

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O relatório quer ainda que os desfibrilhadores, usados em vítimas de paragens cardiorrespiratórias, estejam espalhados por todo o País. E que seja obrigatória a aprendizagem do seu uso por alunos do secundário, pessoas que tirem a carta de condução e nadadores-salvadores, tripulantes de ambulâncias e até tripulantes de aviação.

O estudo diz mesmo que o uso dos desfibrilhadores é seguro mesmo por crianças.

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"Ficamos felizes por depositarem essa confiança nas polícias. Já temos cursos de primeiros socorros, por vezes intervimos em situações médicas. Mas isto não acontece de um momento para o outro. Há que dotar a PSP de equipamentos e dar formação a milhares de agentes", disse ao CM Mário Andrade, do Sindicato dos Profissionais de Polícia.

No relatório é dito que em muitas emergências as primeiras pessoas a chegar não são socorristas, "mas sim as forças de segurança", pelo que podem ser determinantes a salvar vidas. Daí a sugestão de dotar patrulhas com desfibrilhadores.

PORMENORES

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Vários locais

É sugerido que hajam desfibrilhadores em centros comerciais, hotéis, monumentos, áreas de diversão, aviões, comboios, escolas, ginásios e complexos desportivos e barcos turísticos.

É preciso tempo

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João Morais, coordenador do estudo, disse à TSF que vai ser preciso tempo para que estas recomendações sejam postas em prática. "Não vai ser de um dia para o outro", avança o responsável.

Início em 2009

Portugal iniciou em 2009 o Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa, com o objetivo de aumentar a sobrevivência das pessoas que sejam vítimas de paragens cardiorresporatórias.

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