"Posso ir preso, mas mato-te primeiro": mulher vive cinco anos de terror às mãos do companheiro
PSP de Oeiras trava homem que arrombou porta, tentou sufocar e ameaçou companheira com faca. Ficou em prisão preventiva.
A PSP de Oeiras pôs fim a cinco anos de terror vividos por uma mulher às mãos do companheiro violento. Foi ameaçada, sufocada e teve facas apontadas à barriga. O homem, de 31 anos, chegou a ser detido, mas libertado a seguir e continuou a perseguir a vítima, chegando a arrombar a porta de casa. Foi agora preso novamente e desta vez ficou em prisão preventiva.
De acordo com a PSP, o casal iniciou uma relação de namoro em 2020, começaram a viver juntos e tiveram uma filha, agora com dois anos. Mas durante esse período, o suspeito "manteve um comportamento agressivo, controlando os contactos sociais da mulher, especialmente com outros homens, e recorrendo a violência física e verbal sempre que manifestava ciúmes infundados".
Entre os episódios relatados destacam-se várias agressões físicas, como "apertos no pescoço e empurrões", ocorridas em diferentes momentos desde 2021. Num desses episódios, durante a passagem de ano de 2022 para 2023, voltou a agredir a ofendida, apertando-lhe o pescoço e os braços, tendo ainda arrombado a porta da residência quando esta se ausentou temporariamente.
Em agosto de 2025, o comportamento do homem agravou-se, tendo dirigido ameaças de morte à vítima. “Posso ir preso, mas mato-te primeiro”, avisou, manifestando a intenção de obter uma arma de fogo, o que que deixou a mulher aterrorizada. "Dias depois, voltou a agredi-la fisicamente, tentando sufocá-la, e ameaçou-a com uma faca de cozinha, que encostou ao seu abdómen", acrescenta a PSP.
O agressor chegou a ser detido na altura mas ficou em liberdade com uma medida de coação de afastamento e proibição de contactos. Mas violou a ordem do tribunal, "efetuando múltiplas chamadas e enviando mensagens à vítima, bem como tentando contactá-la pessoalmente no seu local de trabalho e em casa, em diferentes datas do mês de setembro do presente ano".
"Perante a gravidade dos factos, o risco de continuação da atividade criminosa e a necessidade de salvaguardar a integridade física e psicológica da ofendida, foi determinada a emissão de mandado de detenção fora de flagrante delito, tendo o mesmo sido cumprido no dia 13 de outubro, resultando na detenção do suspeito." Presente a tribunal, ficou em prisão preventiva.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt