Presa por abusar de filho deficiente
Jovem de 24 anos relata abusos na instituição que frequenta.
Nasceu com uma deficiência cognitiva grave, no seio de uma família desestruturada da zona da Grande Lisboa. O homem de 24 anos esteve institucionalizado mas, há três anos, foi viver com a mãe, de 49. E a mulher foi agora detida pela Polícia Judiciária, sob suspeita de abusar sexualmente do próprio filho. Um juiz determinou que vai aguardar julgamento em prisão preventiva.
Foi na instituição que frequentava durante o dia, e onde tinha encontros regulares com equipas de psicólogos, que o homem acabou por relatar os abusos sexuais que sofria às mãos da própria progenitora.
Apesar das dificuldades em expressar-se pela fala, acabou por descrever os crimes a assistentes sociais, professores e psicólogos. Responsáveis da instituição contactaram a Polícia Judiciária há cerca de uma semana, tendo a mulher, sem profissão conhecida, sido detida esta segunda-feira. A abusadora, que vivia sozinha com o filho, subsistia à custa de vários apoios sociais do Estado. Está indiciada por crimes de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência, puníveis com penas de prisão entre os 2 e os 10 anos.
Em primeiro interrogatório judicial, a detida terá negado os crimes, mas a prova recolhida foi suficiente para o juiz lhe determinar a prisão preventiva.
As autoridades contactaram outros familiares para que pudessem tomar conta da vítima, mas nenhum reunia condições aceitáveis. Como tal, o jovem – que é portador de graves limitações físicas e cognitivas – ficou novamente entregue aos cuidados de uma instituição.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt