Presos descompensados agridem guardas na prisão do Linhó em Sintra

As duas situações "ocorreram quando os presos estavam a tomar a medicação".

01 de outubro de 2024 às 12:20
Guarda prisional Foto: Ricardo Ponte
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Guardas prisionais da cadeia do Linhó, em Sintra, foram agredidos, entre esta segunda e terça-feira, por dois presos descompensados, e com doenças psiquiátricas. A denúncia foi feita ao CM pelo Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP), que fala em três guardas agredidos, e refere mesmo que, segundo contabilização própria, das 29 agressões a guardas ocorridas neste ano em todo o país, 17 foram na prisão do concelho de Sintra. Já o Ministério da Justiça fala em dois guardas agredidos.

As duas últimas situações, segundo disse ao CM Frederico Morais, presidente do SNGP, "ocorreram quando os presos estavam a tomar a medicação". "Na terça-feira à tarde, um guarda foi agredido a murro, e ficou com um traumatismo grave na cara, e dois dentes partidos", explicou o dirigente sindical.

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Já na manhã desta terça-feira, outros dois guardas foram agredidos em contexto semelhante. "Foi de novo na toma da medicação. Outro preso agrediu ambos. Um dos guardas pode ter um braço partido, e o outro foi mordido", acrescentou. Dois dos guardas atacados foram hospitalizados, e deverão ficar de baixa.

Frederico Morais defende que os reclusos com necessidades psiquiátricas, como é o caso dos autores das mais recentes agressões no Linhó, "devem ser acolhidos no Hospital-Prisão de Caxias". "Não entendemos porque é que esta unidade de saúde prisional não recebe casos destes", questionou Frederico Morais.

Contactado pelo CM, o Ministério da Justiça confirma apenas a agressão a dois guardas. Fonte oficial deste ministério, que tutela a Direção-geral dos Serviços Prisionais, explicou que dois presos "com problemas de saúde mental, quando estavam nos serviços Clínicos a ser medicados, tiveram episódios de descompensação tendo um deles (ocorrência da tarde de ontem) atingido com o braço rosto do guarda que o acompanhava, e o outro (ocorrência desta manhã) atingido o braço do guarda que o custodiava".

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Por precaução, conclui a mesma fonte oficial, "os dois elementos da vigilância foram observados em hospital do SNS, após o que retornaram ao estabelecimento". A tutela, conclui, afirmando que os agressores serão alvo dos procedimentos disciplinares habituais nestes casos.

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