Professor condenado por 62 crimes de abuso sexual volta a ser colocado. Ministro diz que não terá contacto com alunos

Professor foi condenado a oito anos de prisão por abuso sexual de menores.

15 de setembro de 2025 às 13:56
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O ministro da Educação afirmou esta segunda-feira que o professor condenado a oito anos de prisão por abuso sexual de menores que voltou a ser colocado não terá contacto com alunos e que cabe à escola garantir isso.

O Jornal de Notícias noticia, esta segunda-feira, que um professor de Educação Moral e Religiosa condenado a oito anos de prisão por 62 crimes de abuso sexual de menores foi colocado numa escola, não estando a dar aulas apenas por se encontrar de baixa. 

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Confrontado com esta notícia, o ministro da Educação, que falava aos jornalistas à margem da inauguração dos dois novos Centros Tecnológicos Especializados do Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo, em Santo Tirso, no distrito do Porto, recordou que todos os anos exonera vários professores ou pessoal não docente por este tipo de problemas e que a escola tem a responsabilidade de garantir que deixa de haver contacto com os alunos.

"Nem que ele voltasse à escola por ter direito de voltar à escola, ele não teria qualquer contacto com os alunos. Estas situações acontecem, e volto a repetir, temos uma comunidade muito grande, infelizmente temos estas situações. Obviamente, estas pessoas estão sinalizadas e qualquer diretor da escola sabe que uma pessoa nesta situação não pode ter contacto com crianças", disse Fernando Alexandre.

"É a responsabilidade da escola, sim. O processo de descentralização também envolveu uma grande responsabilização. Quem está no terreno tem de ter mais competências e mais responsabilização", disse.

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Na altura dos crimes, as vítimas, com idades entre os 15 e os 17 anos, foram abusadas durante as aulas de Moral e nos ensaios do grupo de Teatro que o docente criou na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, onde o homem dava aulas. 

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