Prova em tribunal dará lugar a inquérito a Proença

PGR diz que provas apresentadas em julgamento poderão levar a investigação de novos factos.

21 de janeiro de 2018 às 09:44
2018-01-21_00_32.17 proença.jpg Foto: Carlos Barroso
2018-01-21_00_32.14 orlando.jpg Foto: Direitos Reservados
2018-01-21_00_32.15 paulo.jpg Foto: David Martins
2018-01-21_00_32.19 santos.jpg Foto: António Cotrim

1/4

Partilhar

O Ministério Público poderá abrir um inquérito a Daniel Proença de Carvalho e Carlos Silva, presidente do Banco Privado Atlântico Europa, se no julgamento da Operação Fizz, que começa amanhã em Lisboa, forem apresentadas provas de que terão tentado corromper Orlando Figueira.

O ex-procurador revelou, recentemente, que Proença de Carvalho lhe prometeu um futuro emprego e o pagamento das despesas com a sua defesa, em troca de nunca falar no seu nome nem de Carlos Silva.

Pub

Perante esta acusação de Figueira, a Procuradoria-Geral da República (PGR), em resposta ao CM, afirmou que "a prova produzida em sede de julgamento é também crucial para o Ministério Público ponderar se existe algum procedimento a desencadear no âmbito das respetivas competências."

Ou seja, segundo a PGR, "se é necessário desenvolver diligências relativamente a factos que não tenham sido objeto de investigação." O Ministério Público já está a recolher dados.

Pub

Ministro faz elogio a relações com Angola 

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse ontem que as relações entre Portugal e Angola "são, neste momento, excelentes". Sobre um eventual bloqueio económico de Angola, o governante foi perentório: "Não temo nada". Em Lisboa, Marcelo concordou.

Blanco aponta omissões e falta de isenção do Ministério Público na Operação Fizz  

Pub

Paulo Blanco, arguido na Operação Fizz, acusa o Ministério Público (MP) de omissão e falta de isenção na investigação deste processo. Em requerimento apresentado no processo, o advogado afirma que, na transcrição do seu depoimento de 31 de março de 2016, a procuradora Inês Bonina terá reagido "em tom laudatório" numa passagem incompleta sobre Carlos Silva e Proença de Carvalho. Este episódio "é sintomático da falta de isenção e objetividade do MP e de relações que o signatário ignora", diz.

Pormenores

Origem do caso

Pub

A investigação ao ex-procurador Orlando Figueira surgiu na sequência do envio de uma carta anónima ao Ministério Público, em julho de 2014. Figueira saiu do Ministério Público em setembro de 2012.

Quatro arguidos

Em 2017, o Ministério Público acusou da prática de vários crimes Orlando Figueira, Manuel Vicente, ex-vice-presidente de Angola, Armindo Pires, alegado testa de ferro de Vicente, e Paulo Blanco, advogado de Angola.

Pub

Tese da acusação

No essencial, segundo o Ministério Público, Manuel Vicente,

com a ajuda de Paulo Blanco e de Armindo Pires, terá pagado 700 mil euros a Orlando Figueira para este arquivar a investigação à compra de uma casa no empreendimento Estoril Sol.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar