PSP obrigados a ficar à porta de agressor de jovem que ficou em coma

Agentes guardam detido que espera por pulseira eletrónica. Jovem pontapeou, por motivo fútil, um estudante de 15 anos.

22 de novembro de 2018 às 01:30
PSP, Polícia de Segurança Pública, Ministério Público, Unidade Especial de Polícia, agressões, crime, lei e justiça, julgamentos Foto: Ricardo Almeida
agentes, psp, costas Foto: Manuel Encarnação

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Agrediu, por motivo fútil, um rapaz de 15 anos que está a lutar pela vida no Hospital de S. João, no Porto. Levado a um juiz, foi-lhe determinada prisão domiciliária com pulseira eletrónica. Só que os Serviços Prisionais ainda estão em fase de avaliação das condições da habitação para a aplicação do sistema. Até lá, têm ficado, 24 horas por dia, agentes da PSP à porta do detido, de 17 anos, na Baixa do Porto.

A agressão, nos jardins da Cordoaria, ocorreu a 13 de novembro. Desde dia 15 que os polícias fazem vigia à casa. Ao CM, a Direção-Geral dos Serviços Prisionais confirmou que o hiato temporal se deve exatamente àquela avaliação, desmentindo qualquer falta de técnicos. "Esta situação não faz sentido nenhum. Com a falta de efetivos que temos, não devíamos estar a colocar polícias a guardar arguidos. Se daqui a uns tempos tivermos mais situações, vamos ter de fechar esquadras para vigiar arguidos", disse ao CM Paulo Rodrigues, da Associação de Profissionais dos Policias. Os agentes não sabem quando é que o caso vai ser resolvido. "Se o juiz não tinha confiança no jovem, colocava-o em prisão preventiva", frisou Paulo Rodrigues.

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Contas feitas, são cerca de 120 euros diários em salários aos três agentes que fazem apenas o serviço de vigia ao jovem que foi detido pela Polícia Judiciária.

O arguido julgava que a vítima o estava a filmar a passear com o cão Pit Bull. Acabou por dar um pontapé na cabeça de Diogo, que caiu desamparado.

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