PSP teve de escoltar autarcas após votação em Espinho
Em causa, o orçamento cujo chumbo, segundo a Câmara, travaria estádio e quartel.
Cerca de 200 adeptos do Sp. Espinho ‘cercaram’, na noite de terça-feira, a Câmara de Espinho durante a Assembleia Municipal. No final da reunião, foi necessária a intervenção de cerca de 30 agentes da PSP para evitar agressões a vogais da oposição.
Em causa, estava a segunda tentativa de aprovar o orçamento para 2019. Segundo a autarquia, o chumbo do documento, pela oposição, iria impedir a construção do Estádio Municipal, futura casa do Sp. Espinho. A construção do quartel dos bombeiros e o apoio às equipas de intervenção também estavam em risco.
"Os ânimos exaltaram-se e o vogal socialista, João Carapeto, e o presidente da Junta de Anta e Guetim saíram por uma porta lateral da câmara e foram escoltados pela PSP até casa. Espinho viveu um dia negro na democracia. Sou autarca há muitos anos, não me lembro de um momento de tensão tão grande", disse ao CM Miguel Reis, vereador do PS.
"Alguns vogais da oposição deveriam ser mais temperados nas suas afirmações e, evidentemente, isso incendiou os ânimos. No final, tive de vir ao exterior para pedir serenidade e calma à população", afirmou Pinto Moreira, presidente da autarquia.
"Estas coisas não acontecem ocasionalmente, houve uma intoxicação e uma campanha de desinformação em relação às questões do apoio na construção do quartel e do estádio", assegurou Miguel Reis.
"Os vogais que foram alvo dos apupos da população devem refletir sobre as razões desse facto", rematou Pinto Moreira. O orçamento municipal foi aprovado com os votos favoráveis do PSD, BE e juntas de Paramos e de Espinho.
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