PSP vai denunciar ao MP manifestação “não legalmente comunicada” dos Sapadores Bombeiros
Cerca de 300 Sapadores manifestaram-se hoje junto à sede do Governo.
A PSP vai denunciar ao Ministério Público a manifestação “não legalmente comunicada” dos Sapadores Bombeiros, que na manhã desta terça-feira avançaram em direção ao edifício do Governo na Avenida João XXI, em Lisboa, onde uma delegação iria negociar melhorias salariais.
De acordo com a PSP, “este tipo de protestos que vão contra as disposições legais em vigor, facto agravado pela utilização, por parte dos manifestantes, de artigos de pirotecnia (factos que serão devidamente identificados no Auto de Notícia a remeter ao MP) que colocaram em risco a integridade física dos polícias (que se encontram no local para proteger pessoas e bens), dos jornalistas que se encontram a desempenhar a sua missão de prestação de informação e demais cidadãos surpreendidos, na via pública, por esta ação”.
A PSP descreve que “só teve conhecimento desta manifestação através das redes sociais, tendo, com base nessa informação, estabelecido um dispositivo policial, no sentido de garantir a segurança e ordem pública”.
Cerca de três centenas de Sapadores reunidos desde as 08h45 num quartel dos Sapadores de Lisboa na avenida Rio de Janeiro, em Alvalade, decidiram em cortejo, rumar ao Campus XXI, sede do Conselho de Ministros e de diversos ministérios, e foram acompanhados por “polícias do Comando Metropolitano de Lisboa, pertencentes ao dispositivo policial, entretanto estabelecido”.
“A PSP, face à deslocação apeada dos manifestantes e às intenções demonstradas de se dirigirem para o Campus XXI, optou por fazer cortes de trânsito de forma a garantir a segurança de pessoas e bens, tendo decidido, igualmente, montar um primeiro perímetro de dissuasão e um segundo perímetro de contenção, mais próximo do Campus XXI. Cerca das 11h00, o cortejo forçou o perímetro de dissuasão, dirigindo-se, em corrida, pela Avenida João XXI, até junto do edifício”, descreve a polícia.
No local estavam elementos do Corpo de Intervenção e de Equipas de Intervenção Rápida que garantiram “a segurança do edifício, tendo assegurado o normal funcionamento daquele órgão de soberania e da sede da Caixa Geral de Depósitos, até ao final do protesto”.
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