Queixas por burla podem explicar ataque a ‘vidente de Fátima’
Teoria de roubo eliminada por o Porsche ter sido incendiado pouco depois do ataque.
A Judiciária de Aveiro admite que o roubo pelo método de carjacking de que foi alvo Carlos Gabriel pode ter sido levado a cabo por alguém descontente com os serviços do homem que se autointitula ‘vidente de Fátima’.
As suspeitas surgem na sequência das dezenas de queixas por burla que estão a ser investigadas pela PJ em todo o País. Algumas delas foram entretanto arquivadas por falta de provas.
Carlos Gabriel foi vítima de carjacking ao final da madrugada de domingo, quando chegava a casa, em S. Bernardo, Aveiro, pouco depois de ter fechado o bar de que é proprietário naquela cidade.
O Porsche Cayene, avaliado em mais de 100 mil euros, foi incendiado a poucos quilómetros do local do crime, o que faz a PJ deixar o cenário de roubo e a dirigir a investigação para a hipótese de vingança.
Vão ser também analisadas as queixas apresentadas contra o ‘vidente’ para perceber se alguma delas está relacionada com o crime.
Nos próximos dias, os inspetores vão voltar ouvir Carlos Gabriel para tentar perceber melhor o contexto em que tudo se passou, uma vez que a descrição efetuada pela vítima logo após o crime é muito vaga.
Incêndio planeado para destruir provasOs atacantes de Carlos Gabriel planearam a vingança ao pormenor. Roubaram os três mil euros do apuro do bar que o ‘vidente’ tem na praça do Peixe, em Aveiro, mas destruíram o Porsche Cayenne avaliado em mais de 100 mil euros pouco depois.
Regaram-no com gasolina que já levavam com eles e depois atearam-lhe fogo, destruindo assim quaisquer vestígios que ali possam ter ficado. Os prejuízos estão cobertos pelo seguro.
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