Relação confirma sentença

O Tribunal da Relação de Coimbra confirmou a pena de David Saldanha, o jovem que foi condenado em Novembro do ano passado a 18 anos de prisão por matar à marretada a namorada Joana Fulgêncio, de 21 anos, em Mangualde.

23 de abril de 2011 às 00:30
COIMBRA, JOANA FULGÊNCIO, DAVID SALDANHA, SENTENÇA Foto: Nuno Andre Ferreira
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A mãe da vítima, Paula, tinha recorrido da sentença e pedia aos juízes desembargadores que aplicassem uma pena mínima de 22 anos ao homicida. Já a defesa de David pedia que a condenação não excedesse os 12 anos.

A assistente alegou que o jovem, de 23 anos, tinha comprado a marreta um mês antes já com o propósito de matar a namorada. No entanto, os juízes desembargadores consideraram que David apenas tomou tal decisão minutos antes, quando Joana lhe disse que queria acabar a relação.

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"Não ficou provado que o arguido decidiu matar a namorada no dia em que comprou a marreta. Ficou provado sim que o jovem não conseguiu controlar as suas emoções quando soube do fim do relacionamento e foi à bagageira buscar a arma", diz o acórdão da Relação, a que o CM teve acesso.

O Tribunal da Relação rejeitou também a tese da defesa, que alegava que, devido à doença psicótica de que padece, no dia do crime, 17 de Novembro de 2009, David não conseguia controlar os seus actos. Os juízes rejeitam a ideia.

"Toda a actuação do arguido não diminui a sua culpa, mas sim a agrava, já que aquele revela uma personalidade mal formada e desconforme aos valores da sociedade", diz a Relação de Coimbra.

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Recorde-se que, após ter assassinado a namorada, David Saldanha pôs um saco na cabeça dela, meteu o corpo na mala do carro e empurrou-o para uma escarpa junto à barragem de Fagilde. David simulou então ter sido roubado e sequestrado juntamente com a jovem. Ainda entrou num café a gritar pela namorada e enviou uma mensagem à mãe dela a dizer que tinham sido alvo de carjacking, mas rapidamente a PJ de Coimbra descobriu que tudo não passava de uma farsa.

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