Autoridades já identificaram corpos de três vítimas

Corpos vão ser entregues às famílias. Buscas por restos mortais em Lamego foram encerradas.

06 de abril de 2017 às 09:09
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
No local continuam mais de 80 operacionais, apoiados por 9 viaturas, de 9 entidades diferentes Foto: Nuno André Ferreira
CSI, Lamego, vítimas, corpos, explosão Foto: Nuno Alfarrobinha
CSI, Lamego, vítimas, corpos, explosão Foto: Nuno Alfarrobinha
CSI, Lamego, vítimas, corpos, explosão Foto: Nuno Alfarrobinha
Inspetores da PJ tapam os corpos cadáveres das vítimas encontradas após a explosão Foto: Nuno André Ferreira

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Joaquim Pereira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Ana Sofia Baptista era sobrinha do dono da fábrica, Egas Sequeira
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Egas Sequeira era o proprietário da fábrica
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Samuel Pinto era genro do dono da fábrica. Deixa uma filha bebé
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Samuel Pinto era genro do dono da fábrica. Deixa uma filha bebé
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Samuel Pinto era genro do dono da fábrica. Deixa uma filha bebé
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Samuel Pinto era genro do dono da fábrica. Deixa uma filha bebé
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Vítor Costa, de 39 anos, era funcionário na fábrica
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Vítor Costa, de 39 anos, era funcionário na fábrica
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Vítor Costa, de 39 anos, era funcionário na fábrica
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Vítor Costa, de 39 anos, era funcionário na fábrica
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Vítor Costa, de 39 anos, era funcionário na fábrica
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Vítor Costa, de 39 anos, era funcionário na fábrica
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Susana, filha de Egas, era casada com Joaquim Pereira. Os dois trabalhavam na fábrica
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David Miguel era funcionário da fábrica de pirotecnia
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Hélder Neto

As autoridades já identificaram três corpos das vítima de Lamego, através das impressões digitais, numa operação em contrarrelógio do Instituto de Medicina Legal do Porto em colaboração com o Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária. Esta sexta-feira três corpos já vão ser entregues às famílias. 

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As buscas pelos restos mortais das vítimas das explosões numa fábrica de pirotecnia em Avões, Lamego, foram hoje encerradas, após terem sido encontrados mais vestígios biológicos que podem apontar para a confirmação de oito mortos.

O Comandante Operacional Distrital de Viseu, Miguel David, explicou aos jornalistas que foram hoje encontrados mais vestígios biológicos, mas que apenas a perícia legal confirmará se pertencem aos dois desparecidos na explosão de terça-feira, elevando o número de vítimas mortais para oito, uma vez que já estavam confirmados seis mortos.

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Viúva de Vítor Costa conta dor que tem vivido com os dois filhos

Em exclusivo à CMTV, Fernanda Costa, a víuva e mãe dos dois filhos de Vítor Costa, uma das vítimas da tragédia, conta como tem vivido estes últimos dois dias, de luto pelo marido que perdeu a vida na fábrica onde trabalhava.  

"É uma dor muito grande. Metade de mim foi com ele. Restam-me os meus filhos. Se eu não os tivesse não iria conseguir suportar esta perda", revelou a recém-viúva, emocionada. 

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"O meu filho mais novo ainda não percebe o que é que está a acontecer. Põe-se a chamar pelo pai e a olhar para a porta. A mais velha não quer acreditar. Diz que o pai fugiu para longe e que ainda não teve tempo de voltar. Só agora que vai ter que ir fazer o teste de ADN é que se está a mentalizar", revela Fernanda, mãe dos dois filhos de Vítor Costa, de nove anos e 17 meses. 

Equipa cinotécnica no terreno

Uma equipa cinotécnica da GNR especializada na identificação e busca de vestígios biológicos vai hoje à tarde participar nas operações em Avões, no concelho de Lamego, disse o comandante operacional distrital de Viseu, Miguel David.

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No ponto de situação feito às 15h30 aos jornalistas, Miguel David explicou que as equipas continuam "a fazer a recolha de vestígios biológicos no terreno" e "a inativação de explosivos de uma forma controlada".

Segundo o responsável, a novidade de hoje à tarde é o reforço com "uma equipa cinotécnica da GNR proveniente de Lisboa, com uma especialidade também na identificação e busca de vestígios biológicos".

Corpos das seis vítimas já estão do Instituto de Medicina Legal

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"Os corpos das seis vítimas mortais já foram transportados para o Instituto de Medicina Legal do Porto, para se proceder às perícias legais", afirmou o Comandante Operacional Distrital de Viseu, Miguel Ângelo David, ao CM. "Com a criação desta área de segurança e da possibilidade de podermos progredir no terreno, está previsto que possamos iniciar e dar continuidade ao processo de recolha de vestígios biológicos das restantes duas vítimas da explosão", acrescentou.

Os últimos restos mortais foram encontrados na quarta-feira, a mais de 600 metros do foco da explosão, pelo que o perímetro das buscas tem sido sucessivamente alargado. Só esta quinta-feira é que começam a ser feitas as identificações dos corpos, através da comparação com o ADN de familiares das vítimas. O proprietário da pequena empresa, a filha e outro familiar estarão entre as vítimas, soube o CM. As pessoas que perderam a vida neste acidente têm entre 22 e 52 anos.

"A explosão foi de facto de uma dimensão fora do normal. Isto obriga a que tenha de ser batida uma grande área. As causas das explosões estão ainda por apurar", adiantou ontem o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes. "A rapidez com que queremos fazer o trabalho de identificação dos corpos é por respeito às famílias das vítimas, para que possam fazer o luto. As famílias estão com apoio psicológico permanente", garantiu o secretário de Estado da Administração Interna.

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Pólvora pode ter sido afetada por temperatura e humidade

A PSP acredita que o calor anormal para a época, bem como a taxa de humidade estimada em 50%, ou até inferior, que se fazia sentir no momento da explosão de terça-feira à tarde na pirotécnica Egas Sequeira, em Avões, Lamego, podem ter tornado volátil a pólvora armazenada na empresa, causando uma ou mais explosões.

O intendente Pedro Moura, diretor do Departamento de Armas e Explosivos da PSP, frisou, no entanto, "que esta é uma tese que só o inquérito poderá atestar".

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"No local desde hoje [ontem] de madrugada estão um subintendente, uma engenheira química, e ainda um chefe e um agente, que estão a recolher provas. Queremos apurar o que causou a explosão, onde a mesma, ou as várias ocorreram, bem como a quantidade de explosivos que estavam na empresa", acrescentou. A empresa Egas Sequeira cumpria as condições de segurança impostas pela lei. "Estava a uma distância de 25 metros da primeira estrada, linha elétrica, pontes, caminhos e habitações. E tinha o fabrico vistoriado", concluiu Pedro Moura.

Detonações controladas no local

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Esta quarta-feira foram feitas detonações controladas no local da tragédia, para inativar os explosivos que ainda de mantêm onde decorrem as buscas. Segundo Vítor Rodrigues, comandante distrital de Viseu da GNR, este trabalho de detonação decorreu da necessidade de "garantir essa mesma segurança, com o aumento do perímetro", de forma a ser "feito um trabalho sério e consequente".

O responsável da GNR considerou prematuro quantificar os explosivos que estão no terreno, contando que, "a todo o momento", está a ser encontrado material que é tratado "tecnicamente como tem de ser tratado".

"Não há noção exata do que ainda exista, mas não deve ser grande coisa porque a maioria rebentou", acrescentou.

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No seu entender, como há "paióis vários, com muito material", o trabalho relacionado com a limpeza dos explosivos "deverá prolongar-se".

Marcelo apresenta pêsames às famílias

O Presidente da República deslocou-se na manhã desta quarta-feira a Lamego, onde esteve com as famílias das vítimas. 

"Vim apresentar o pesar do povo português, que sinto que posso apresentar aos familiares. Quis acompanhá-los neste compasso de espera que têm de enfrentar para entrarem no luto". Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que as buscas são morosas, até pelas condições de segurança que as equipas de busca têm de enfrentar. "É uma corrida contra o tempo para encontrar os familiares e fazerem o luto. Sei que todos os operacionais que estão aqui farão tudo o possível para localizar as vítimas rapidamente, mas temos de perceber que as condições são muito específicas e agravadas pelo facto de as buscas não se poderem fazer de noite".

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FOTO: Nuno André Ferreira
Marcelo viajou para Lamego e esteve e Avões, no local das explosões
FOTO: Nuno André Ferreira
Marcelo viajou para Lamego e esteve e Avões, no local das explosões
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Marcelo viajou para Lamego e esteve e Avões, no local das explosões
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Marcelo viajou para Lamego e esteve e Avões, no local das explosões
FOTO: Nuno André Ferreira
Marcelo viajou para Lamego e esteve e Avões, no local das explosões
FOTO: Nuno André Ferreira
Marcelo viajou para Lamego e esteve e Avões, no local das explosões
FOTO: Nuno André Ferreira
Marcelo viajou para Lamego e esteve e Avões, no local das explosões

O Presidente agradeceu a todos os operacionais que estão no terreno e sublinhou a "excelente coordenação que encontrou no terreno entre as várias forças e autoridades".

Explosões sentidas a mais de 10 quilómetros

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O alerta foi dado às 18h00 desta terça-feira. As explosões terão sido sentidas a mais de dez quilómetros de distância. Os rebentamentos verificaram-se num paiol (um depósito de material explosivo). 

Estiveram no local, no dia da tregédia, diversos elementos do INEM, 128 bombeiros e 44 viaturas, bem como várias equipas de psicólogos e uma equipa de minas e armadilhas. A fábrica ficou totalmente destruída.

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