Motoristas esperam proposta dos patrões. Greve mantém-se para dia 12 de agosto
Esta terça-feira o Governo vai reunir com os patrões dos motoristas.
A reunião do Governo com a ANTRAM e a Fectrans para evitar a greve do próximo dia 12 deste mês foi adiada para esta terça-feira, às 09h30.
Os sindicatos que entregaram um pré-aviso de greve reuniram-se esta segunda-feira com o Governo, às 11h30.
Os mesmos diziam ter "várias propostas" para apresentar ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
Anacleto Rogrigues, representante do Sindicato de transporte de mercadorias, disse aos jornalistas no final da reunião desta segunda-feira que mantêm as exigências quanto aos salários exigidos e que a greve dos motoristas se mantém em cima da mesa pelo menos até sexta-feira, prazo-limite que os sindicatos deram à Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) para apresentar uma proposta que será votada pelos trabalhadores.
Questionado sobre se a greve podia ser desmobilizada, Anacleto Rodrigues afirmou que tal só poderá ser possível "se virmos satisfeitos os pontos que deixámos ao senhor ministro".
O representante do Sindicato de transporte de mercadorias explicou ainda que "não há recuo nem pode haver, deixámos uma proposta e agora tem que haver uma contraproposta por parte da ANTRAM". "A ANTRAM já demonstrou que não negoceia nem quer negociar com ou sem pré-aviso de greve", afirmou Anacleto Rodrigues.
O representante realçou ainda que o Governo se mostrou "empenhado em usar a sua influência para que a ANTRAM volte à mesa das negociações até dia 10".
À saída do encontro, o assessor jurídico do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, garantiu aos jornalistas que a greve vai manter-se até a ANTRAM apresentar "uma contraproposta" que, a concretizar-se, será votada na "sexta-feira, no plenário".
A greve convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que começa em 12 de agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.
O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois de as propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
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