Militar da GNR lamenta ter feito striptease

Pedro Almeida, GNR que fez espetáculos de striptease, garante que a arma era uma réplica idêntica a uma Glock, com a qual quis "transparecer realismo".

12 de novembro de 2014 às 13:10
11-11-2014_22_49_26 Imagem norte12a.jpg Foto: CMTV
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Começou a ser julgado, ontem, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, o militar da GNR acusado de comércio ilícito de material de guerra. Em causa está o facto de Pedro Almeida, cabo de 32 anos, ter feito quatro espetáculos de striptease no Dia da Mulher, em março, em espaços de diversão noturna, sempre uniformizado e acompanhado de uma suposta pistola Glock 19.

"Quis transparecer o maior realismo possível à personagem que encenei", referiu o militar, garantindo que a arma usada é uma réplica que pediu emprestada a um amigo praticante do jogo Airsoft: "Ele disse que emprestava, mas não lhe contei o que ia fazer. Não queria que ninguém soubesse. Nada do material é da GNR."

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Em tribunal, foi também ouvido um perito da PJ Militar que fez uma comparação entre a réplica apreendida poucos dias depois e uma Glock 19, mas as diferenças eram muitas. Pedro Almeida admite que entregou essa réplica pessoal – usada no treino do tiro dinâmico no curso de cabo – "para ver se colava" e porque não queria que a imitação usada nos espetáculos fosse confiscada ao dono. "Foi ele que depois me contactou e disponibilizou a réplica para fazer de prova", frisou. É com essa réplica que vai ser feita nova peritagem, que deverá estar concluída em três semanas. Pedro sublinhou que "se fosse hoje, não faria o show" e que apenas avançou pela quantia – não referida em tribunal e que seria para pagar a pensão de alimentos à filha.

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O GNR dos Carvalhos atuou em Viana do Castelo, Esposende, Esmoriz e Oliveira de Azeméis.

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