Sede da empresa que vai explorar lítio em Montalegre vandalizada com cruz suástica
Exploração tem sido alvo de forte contestação por parte dos habitantes daquele concelho.
A Sede da Lusorecursos Portugal Lithium, a empresa que vai explorar o lítio em Montalegre, foi vandalizada na noite desta quarta-feira. Foi desenhada uma cruz suástica nas paredes da empresa, cujos responsáveis já apresentaram queixa na GNR.
"Consideramos este um ato de vandalismo lamentável. O funcionário apercebeu-se da situação quando chegou à sede e já apresentou queixa na Guarda Nacional Republicana (GNR)", afirmou a fonte em declarações à Lusa
A empresa, que assinou em março o contrato de concessão com o Estado para a mina de lítio em Morgade, anunciou um plano de negócios de 500 milhões de euros, a criação de cerca de 500 postos de trabalho e a implementação de uma unidade industrial. Esta freguesia do concelho de Montalegre agrega as aldeias de Morgade, Rebordelo e Carvalhais.
Recorde-se que esta questão da exploração do lítio tem sido alvo de fortes contestações por parte da população de Montalegre. Os habitantes das aldeias do concelho que vão ser afetadas com a exploração de lítio já autorizada pelo Governo garantiram que iriam fazer tudo para travar o processo. O mesmo prometeu o Movimento de Intervenção Nacional Anti-Mineração (MINA), constituído por cerca de 10 associações e movimentos do Norte e Centro do País criados para combater a exploração de lítio, que pondera avançar para tribunal para travar as concessões.
Os habitantes têm aproveitado várias oportunidades para se mostrarem contra o projeto que o secretário de Estado da Energia, João Galamba, aprovou com a atribuição da concessão da exploração à empresa Lusorecursos Portugal Lithium, criada três dias antes da assinatura do contrato para a exploração deste minério.
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