Sete anos de prisão por falsificar garantias
Empresário conseguiu cerca de um milhão de euros em combustível que não pagou.
Um empresário de 53 anos, concessionário de vários postos de abastecimento de combustível no Algarve, foi condenado pelo Tribunal de Portimão a sete anos de prisão por nove crimes de falsificação de documento agravada. Dois outros arguidos foram condenados a penas de dois anos de prisão, suspensas na sua execução, também por falsificação de documentos.
O tribunal diz ter dado como provadas todas as acusações contra Luís Estiveira, nomeadamente que o arguido usou garantias bancárias falsas para comprar combustível junto das petrolíferas, à consignação.
O esquema, que se prolongou entre os anos de 2010 e 2011, foi desmontado pela Polícia Judiciária em março de 2014.
As garantias falsas, de um banco da região, incluíam o carimbo da entidade bancária, bem como assinaturas de dois administradores da instituição, alegadamente feitas pelo arguido. Para dar maior credibilidade, as garantias foram autenticadas num notário.
Através deste esquema, o arguido conseguiu obter, da Sopor (agora Petrogal) e da CEPSA, cerca de um milhão de euros em combustível, cujo fornecimento nunca chegou a pagar. Os outros dois arguidos agiram como representantes legais do banco.
Arguidos condenados a pagar 600 mil euros
Seis gasolineiras do principal arguido também foram condenadas a pagar várias centenas de milhar de euros às empresas lesadas.
Garantias falsas em nome da Caixa Agrícola
PORMENORES
Vítima de cabala
O arguido negou em tribunal ter falsificado as garantias bancárias e disse estar a ser vítima de uma cabala por parte das companhias petrolíferas.
Outro processo
Luís Estiveira tem ainda um processo idêntico a decorrer no Departamento de Investigação e Ação Penal de Faro, no qual é acusado de burla e falsificação.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt