Silêncio e flores em homenagem
Jovens recordados junto à estátua do Prometeu, no Campus de Gualtar da Universidade do Minho.
Um ano depois da queda do muro de suporte de caixas de correio, na rua de Vilar, em Guálter, em Braga, que matou três estudantes de Engenharia Informática da Universidade do Minho (UM), colegas, amigos e familiares continuam a preferir não falar sobre a tragédia.
Ao longo desta quinta-feira, os alunos foram convidados a deixar flores brancas junto à estátua do Prometeu e algumas dezenas fizeram-no, em silêncio.
"O que é que pode dizer-se sobre isto? Nada", limitou-se a expressar Mariana Silva, amiga de uma das vítimas, que participou na missa que a associação académica mandou celebrar na Igreja dos Terceiros.
Ao que o CM apurou, as famílias dos três alunos que morreram – João Pedro Vieira, Nuno Ramalho e Vasco Rodrigues – não culpam ninguém pela tragédia, pretendem que a Justiça faça o seu caminho e afirmam que a UM tem sido "inexcedível" no apoio aos que mais sofreram.
Um ano depois, a investigação está por concluir e o caso continua em segredo de justiça. Segundo soube o CM, o Ministério Público tende a apontar responsabilidades ao antigo Executivo Municipal e à administração do condomínio dos prédios que em tempos se serviram das caixas do correio, podendo os responsáveis ser acusados de homicídio por negligência.
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