Sócrates nunca declarou poupanças
Sócrates nunca referiu economias desde que foi eleito deputado.
Três anos antes de ser público que José Sócrates estava a ser investigado pelo Ministério Público, o CM revelou que Sócrates ganhou como primeiro-ministro, entre março de 2005 e junho de 2011, mais de 600 mil euros mas não declarou poupanças ao Tribunal Constitucional (TC).
Este trabalho, em conjunto com outra notícia publicada no início de 2014, permitiu revelar que Sócrates nunca declarou poupanças nas declarações de rendimentos que apresentou no TC desde 1987. Ou seja, em 24 anos, o ex-primeiro-ministro nada amealhou.
A análise inicial das declarações de rendimentos de Sócrates limitou-se ao período entre 1995, ano a partir do qual é possível por lei consultar esses documentos, e junho de 2011, após ter cessado funções como primeiro-ministro.
No período em que foi primeiro- -ministro, entre 12 de março de 2005 e 20 de junho de 2011, Sócrates declarou estes rendimentos: em 2010, 104 206 euros; em 2009, 106 781 euros; em 2008, 103 772 euros; em 2007, 101 638 euros; em 2006, 100 511 euros; em 2005, 89 637 euros. No total, entre 2005 e 2010, Sócrates ganhou 606 545 euros. A este montante, é preciso juntar a remuneração como primeiro-ministro em 2011: por seis meses de salários e despesas de representação, Sócrates terá recebido quase 50 mil euros.
Quando o Tribunal Constitucional permitiu ao CM consultar as declarações de rendimentos anteriores a 1995, na sequência de processos cíveis interpostos por Sócrates contra o CM e os seus jornalistas, constatou-se que Sócrates nunca tinha declarado poupanças desde 1987. Nesse ano foi eleito deputado por Castelo Branco.
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